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A LAAD Defence & Security 2025 foi o palco de um movimento estratégico importante para o futuro da defesa naval brasileira. No dia 2 de abril, a EMGEPRON e a VARD Promar, representante da italiana Fincantieri, assinaram um Memorando de Entendimento com foco em cooperação tecnológica, inovação e novos projetos navais. O acordo sinaliza um reposicionamento estratégico da indústria nacional no cenário global.
Acordo e seus objetivos estratégicos para a defesa nacional
Assinado pelo Vice-Almirante Amaury Calheiros, Diretor-Presidente da EMGEPRON, e por Paolo Frino, em nome da VARD e da Fincantieri, o Memorando de Entendimento estabelece diretrizes para cooperação futura em programas de defesa nacional. O foco está na troca de informações técnicas e comerciais, no desenvolvimento conjunto de tecnologias emergentes, e na análise de projetos navais viáveis em solo brasileiro.
O acordo também prevê o fortalecimento da capacitação de estaleiros, especialmente na área de manutenção, reparos e modernizações complexas, com o objetivo de tornar a infraestrutura nacional ainda mais competitiva no cenário internacional. Além disso, as empresas envolvidas irão avaliar modelos de negócios conjuntos, integrando a EMGEPRON como braço técnico da Marinha e a VARD como referência industrial.
Ao explorar oportunidades futuras, como novas construções navais, as partes pretendem posicionar o Brasil como fornecedor de soluções integradas para defesa marítima, aliando excelência operacional e viabilidade técnica local.
Papel da VARD Promar e da EMGEPRON na Base Industrial de Defesa
A parceria consolida o protagonismo da VARD Promar e da EMGEPRON dentro da Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil. Enquanto a EMGEPRON representa o elo entre as demandas da Marinha e a indústria nacional, a VARD — subsidiária do Grupo Fincantieri — oferece uma das infraestruturas navais mais modernas da América do Sul, localizada em Pernambuco.
O acordo abre caminho para novos investimentos, transferência de tecnologia e geração de empregos qualificados no setor naval, beneficiando diretamente a região Nordeste e o ecossistema industrial do país. Essa sinergia poderá impulsionar também parcerias com outras empresas brasileiras do setor, gerando renda, desenvolvimento regional e inovação.
Além de atender às necessidades estratégicas da Marinha do Brasil, a união entre VARD e EMGEPRON pode ampliar a atuação do país em projetos de cooperação internacional, fortalecendo o papel das empresas brasileiras em cadeias globais de produção de defesa.
Tecnologias emergentes e posicionamento do Brasil no setor naval
O Memorando firmado na LAAD representa mais do que um acordo comercial: ele posiciona o Brasil como um ator com capacidade técnica, industrial e institucional para desenvolver e operar tecnologias navais de ponta. A presença da Fincantieri, uma das maiores construtoras navais do mundo, confere ao projeto um peso estratégico adicional.
Entre as áreas a serem exploradas estão soluções para plataformas multifunção, embarcações de apoio logístico, navios de combate, torpedos e sistemas avançados de vigilância, todos com potencial para serem projetados e construídos com base em expertise internacional e engenharia nacional.
A longo prazo, essa iniciativa pode ajudar o Brasil a expandir sua presença no mercado global de defesa, consolidando sua autonomia tecnológica, reduzindo a dependência externa e promovendo parcerias sustentáveis com outros países interessados em adquirir produtos desenvolvidos sob esse novo modelo de cooperação.
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