Sistemas anti drones: tecnologia contra ameaças aéreas no Brasil

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Com o aumento do uso de drones por criminosos para monitoramento e até ataques, as forças de segurança brasileiras têm apostado na tecnologia de sistemas anti drones para proteger espaços sensíveis e operações de grande escala. Em novembro, a Polícia Federal demonstrou o impacto dessa tecnologia ao abater 20 drones durante a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, um exemplo claro da importância do controle aéreo em operações de segurança pública.
A Ameaça dos Drones no Crime Organizado
Nos últimos anos, o crime organizado tem explorado os drones como ferramentas para diversas atividades ilícitas. Esses dispositivos vêm sendo utilizados para monitorar operações policiais, realizar o transporte de drogas e armas, além de atacar comunidades e até mesmo autoridades. Em alguns casos, criminosos têm adaptado drones para lançar explosivos, tornando-se uma ameaça séria em áreas urbanas e zonas de conflito.
Um exemplo recente da gravidade do problema ocorreu durante a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a Polícia Federal abateu 20 drones que estavam sobrevoando áreas restritas sem autorização. Esses dispositivos, mesmo em mãos de operadores sem más intenções, poderiam colocar em risco a segurança de autoridades e cidadãos, reforçando a necessidade de tecnologias capazes de neutralizar essas ameaças.
De acordo com Bruno Cunha, CEO da Advanced Technologies Security e Defense (ADTECH SD), “os drones têm potencial de causar graves acidentes, principalmente em áreas sensíveis como aeroportos, ou quando utilizados por criminosos para lançar explosivos. Isso torna indispensável que as forças de segurança estejam preparadas para lidar com essas situações”.
Como Funcionam os Sistemas Anti Drones
Os sistemas anti drones são tecnologias projetadas para detectar, neutralizar ou capturar drones alvos. Esses sistemas funcionam através da supressão de sinais de comunicação, controle e navegação dos dispositivos, impedindo que eles continuem operando. Segundo Bruno Cunha, dois modelos principais de sistemas anti drones são amplamente utilizados:
- Armas de supressão: equipamentos portáteis operados manualmente, que permitem a neutralização de drones apontando diretamente para o alvo.
- Sistemas estacionários, como o SIMAD: criam uma zona de proteção automática. Quando um drone entra nessa área, é automaticamente detectado e neutralizado sem necessidade de intervenção manual.
A ADTECH SD, uma startup brasileira especializada em segurança e defesa, desenvolveu o Sistema Integrado de Monitoramento e Abate de Drones (SIMAD), que possui três níveis de proteção:
- SIMAD I: cria uma zona de proteção contra um ou vários drones, neutralizando sinais de comunicação e controle.
- SIMAD II: amplia a proteção para cerca de 3 km, com capacidade de suprimir múltiplas ameaças.
- SIMAD III: utiliza tecnologias de detecção passiva e ativa, incluindo o radar ATALAIA, para monitorar áreas de 3 a 10 km com altíssima precisão.
Além de operar de forma automática ou semiautomática, o SIMAD também realiza a detecção e neutralização de ameaças sem a necessidade de controle manual, o que o torna altamente eficiente em operações de grande escala.
A Importância da Tecnologia Nacional no Combate a Drones
O desenvolvimento de tecnologias anti drones no Brasil, como o SIMAD, representa um avanço significativo para a segurança pública e a defesa nacional. A ADTECH SD, uma das líderes no setor, destaca o custo-benefício e a facilidade de operação de seus sistemas como diferenciais em relação a soluções internacionais.
Esses sistemas têm sido fundamentais na proteção de espaços estratégicos, como aeroportos, fronteiras, eventos de grande porte e áreas governamentais. Além disso, a capacidade de detectar e neutralizar múltiplas ameaças simultaneamente contribui para operações mais seguras e eficientes.
“Os sistemas anti drones da ADTECH criam áreas de proteção automáticas e integradas, permitindo um maior controle do espaço de interesse. Isso garante que múltiplas ameaças sejam detectadas e neutralizadas sem necessidade de intervenção manual, reduzindo riscos e aumentando a eficácia das operações de segurança pública”, explica Bruno Cunha.
Com a adoção crescente de sistemas anti drones pelas forças de segurança brasileiras, o país avança no desenvolvimento de tecnologias próprias que atendam às necessidades de combate ao crime e proteção de espaços sensíveis. Esse investimento reflete a busca por uma maior autonomia tecnológica e o fortalecimento da capacidade de defesa nacional, alinhando o Brasil às melhores práticas globais no enfrentamento de ameaças aéreas.
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