Senado destaca físicos como pilares da autonomia tecnológica do Brasil

Pessoas em pé no plenário do Senado Brasileiro.
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O Dia do Físico foi celebrado no Senado Federal com uma sessão solene marcada por reconhecimento e respeito aos profissionais que alicerçam o progresso científico nacional. Entre os convidados, o Almirante de Esquadra Alexandre Rabello, da Marinha do Brasil, ressaltou o papel essencial dos físicos no avanço tecnológico e na autonomia estratégica do País, destacando suas contribuições históricas e atuais na construção da soberania brasileira.

A física como força estratégica na Defesa Nacional

Oficial da Marinha discursando em evento formal

A participação do Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), Almirante Rabello, reafirma a visão estratégica das Forças Armadas sobre a ciência. Programas como o submarino com propulsão nuclear brasileiro são exemplos concretos da aplicação da física avançada no campo da Defesa Nacional, envolvendo áreas como energia, sensores, propulsão e controle de sistemas complexos.

Durante seu discurso, o Almirante destacou a urgência de ampliar o investimento na formação de físicos, reforçando o papel das universidades e centros de pesquisa no desenvolvimento da soberania tecnológica. “Os físicos são verdadeiros construtores da autonomia tecnológica nacional”, afirmou. A fala sinalizou também a importância de reter talentos no Brasil, valorizando o conhecimento científico como recurso estratégico para a independência do país.

A valorização institucional da ciência e dos cientistas

A sessão especial do Senado foi marcada por falas que buscaram reparar a invisibilidade histórica dos cientistas brasileiros. Em um momento de crescente pressão sobre o sistema de ciência e tecnologia, a homenagem reforçou a mensagem de que os profissionais da física são essenciais ao desenvolvimento nacional. A presença de uma autoridade militar de alto escalão deu peso político à defesa da ciência como instrumento de Estado.

A fala do Almirante Rabello foi clara: valorizar o físico é também valorizar a capacidade do Brasil de se manter independente, competitivo e seguro. O simbolismo da solenidade alcança a sociedade como um todo, lembrando que por trás de cada avanço em energia nuclear, comunicações ou defesa, há cientistas nacionais cujos nomes raramente estão nas manchetes, mas cujas descobertas moldam o futuro do País.

Política científica e desafios para a autonomia tecnológica

O evento também evidenciou os desafios enfrentados pelo Brasil na construção de uma política científica robusta e coordenada. Cortes no orçamento da ciência, fuga de cérebros e instabilidade nas diretrizes de longo prazo dificultam a formação de um ecossistema de inovação soberano. O Almirante destacou a necessidade de integrar Defesa, educação, inovação e indústria, construindo pontes entre a pesquisa básica e os projetos estratégicos nacionais.

A Marinha tem sido uma das instituições que mais investem nessa articulação, com projetos como o LABGENE e os centros tecnológicos nucleares, em parceria com universidades e institutos. O modelo, no entanto, precisa ser expandido e consolidado como política de Estado, permitindo que o conhecimento científico gere riqueza, proteção e poder de decisão soberana para o Brasil.

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