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Pioneiras: Mulheres Fuzileiros Navais iniciam serviço no Ministério da Defesa

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A presença feminina na Marinha do Brasil alcançou mais um avanço histórico. As primeiras mulheres Soldados Fuzileiros Navais passaram a atuar no Ministério da Defesa (MD), marcando um novo momento de inclusão nas Forças Armadas. Após cinco meses servindo no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília (GptFNB), as militares concluíram um período de adaptação e agora integram oficialmente a escala de serviço do MD. A turma pioneira, formada em julho de 2024, representa a consolidação da participação feminina em todas as áreas da Marinha.

O marco histórico da inclusão feminina nos Fuzileiros Navais

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Foto: Primeiro-Sargento FN Pinho

A formação da primeira turma mista de Soldados Fuzileiros Navais, em 2024, foi um marco na história da Marinha do Brasil e das Forças Armadas. Até então, a carreira de Soldado Fuzileiro Naval era exclusiva para homens, sendo uma das últimas áreas militares a incorporar mulheres em seus quadros operacionais.

Com 114 mulheres formadas no Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA), no Rio de Janeiro, essa iniciativa garantiu a inclusão feminina em todos os Corpos, Quadros, Escolas e Centros de Instrução da Marinha, ampliando a participação das mulheres em missões antes restritas ao efetivo masculino.

A presença dessas militares reforça a importância da equidade de gênero e da modernização da estrutura militar, permitindo que mais mulheres ocupem funções operacionais e estratégicas dentro das Forças Armadas.

A atuação das Soldados Fuzileiros Navais no Ministério da Defesa

As 12 Soldados Fuzileiros Navais que passaram a atuar no Ministério da Defesa já haviam integrado a escala de serviço do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília (GptFNB) desde setembro de 2024. Antes de iniciarem suas atividades na nova Organização Militar, elas passaram por um treinamento específico de aproximadamente uma semana, acompanhando militares que já exerciam funções no MD.

O trabalho desempenhado pelas militares no Ministério da Defesa é semelhante ao que realizavam no Grupamento de Brasília, mas com um diferencial: a necessidade de se adaptarem a um ambiente de alta circulação de autoridades das três Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica).

Sobre a nova função, a Soldado Luísa Midiã Bernardo Serra comentou sua experiência na primeira escala de serviço no MD:
“O serviço se parece muito com o que já realizamos no Grupamento, mas, como é o primeiro dia, ainda estamos nos adaptando à rotina da OM, que é um pouco diferente, já que circulam autoridades de todas as Forças.”

A trajetória feminina na Marinha do Brasil

A presença feminina na Marinha começou em 1980, com a criação do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva, marcando a primeira admissão oficial de mulheres na Força Naval. Nos anos 1990, uma reestruturação ampliou essa participação, permitindo que mulheres assumissem cargos de Direção, Comando e comissões técnicas.

O maior avanço ocorreu em 2012, quando a médica Dalva Maria Carvalho Mendes se tornou a primeira mulher brasileira a alcançar o posto de Oficial-General, sendo promovida a Contra-Almirante.

Atualmente, as mulheres desempenham papéis essenciais em diversas áreas da Marinha, incluindo setores operacionais, administrativos, técnicos e de saúde. A incorporação das Soldados Fuzileiros Navais representa mais um avanço nessa trajetória, consolidando a presença feminina também nas tropas de combate da Força.

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