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Ministro da Defesa acompanha alistamento militar feminino em Brasília

Atendimento em escritório militar com computadores.
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O Ministro da Defesa, José Múcio, esteve nesta terça-feira (20) no Centro de Seleção das Forças Armadas, em Brasília, para acompanhar de perto a etapa da Seleção Geral do Alistamento Militar Feminino Voluntário. Com mais de 30 mil inscrições registradas, o processo marca um avanço histórico na integração das mulheres ao serviço militar no Exército Brasileiro.

Estrutura e preparação do Exército para receber as mulheres alistadas

Militares do exército em conversa com civil em sala.

Durante a visita, o Comandante do Exército, General Tomás, apresentou os preparativos que estão em andamento para acolher as primeiras mulheres alistadas como soldadas voluntárias. De acordo com o general, diversas organizações militares estão sendo adaptadas para garantir acomodações adequadas, privacidade, segurança e igualdade de condições para as futuras militares.

O investimento em infraestrutura e capacitação de pessoal demonstra o compromisso da Força Terrestre com a implementação efetiva do alistamento feminino, permitindo que a inclusão ocorra de forma digna e respeitosa. A expectativa é que esse processo sirva de base para futuras expansões e para o fortalecimento de políticas de diversidade e inclusão nas Forças Armadas.

Impacto social e institucional da inclusão feminina no serviço militar

Soldado instruindo visitantes em área de segurança.

A presença do Ministro da Defesa simbolizou o apoio do governo federal à inclusão das mulheres no serviço militar obrigatório, agora em formato facultativo. José Múcio destacou que essa mudança trará impactos positivos a médio e longo prazo para a estrutura das Forças Armadas, permitindo maior diversidade de perspectivas e talentos na carreira militar.

A iniciativa tem sido recebida com entusiasmo por jovens como Raíssa Tábata, de Santa Maria (DF), que destacou o sonho de infância de ingressar no Exército. A participação ativa das famílias também foi destacada, com depoimentos como o de Ana Luciene, mãe de Raíssa, emocionada ao ver a filha iniciar sua jornada. Essa nova fase representa uma quebra de paradigmas e fortalecimento da cidadania feminina, elevando o protagonismo das mulheres na defesa nacional.

Regras do alistamento voluntário e obrigatoriedade após a incorporação

O alistamento militar feminino foi regulamentado pelo Decreto nº 12.154/2024, que autoriza a participação voluntária de mulheres no serviço militar inicial. Embora o alistamento seja opcional, após a incorporação, o cumprimento de um ano de serviço militar torna-se obrigatório, com o mesmo rigor aplicado aos homens. A desistência após a incorporação caracteriza crime de deserção, segundo o Código Penal Militar.

O processo seletivo oferece 1.010 vagas no Exército para mulheres que completam 18 anos em 2025, com inscrições abertas até 30 de junho. Após o ano obrigatório, as candidatas poderão seguir carreira mediante concurso público, tal como ocorre com os homens. O modelo busca equilibrar oportunidade e meritocracia, consolidando um novo ciclo de igualdade e renovação nas Forças Armadas.

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