Marinha e SAMU unem forças no resgate de idoso no Rio Negro

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A seca rigorosa que atinge a Amazônia este ano transformou o que antes eram rios caudalosos em estreitos canais de difícil navegação. Em meio a esse cenário desafiador, uma ação conjunta entre a Marinha do Brasil e o SAMU resultou no salvamento de um idoso de 63 anos, que sofreu uma queda grave em uma comunidade isolada às margens do Rio Negro.
A seca na Amazônia e seus impactos no transporte e resgates
O ano de 2023 trouxe uma das secas mais severas para a Amazônia. As águas, que normalmente ocupam vastos leitos de rios e igarapés, recuaram drasticamente, afetando tanto o transporte quanto a rotina das comunidades ribeirinhas. A seca não só interrompeu o fluxo de suprimentos e bens essenciais, como também comprometeu a capacidade de atendimento médico emergencial em regiões isoladas, onde a navegação por embarcações se tornou impraticável. Em locais como o igarapé do Caniço, às margens do Rio Negro, o acesso por terra é praticamente inexistente, e o transporte fluvial, que seria a principal forma de deslocamento, foi paralisado pela baixa dos rios.
Nesse contexto, os resgates tornaram-se operações extremamente complexas, exigindo o uso de aeronaves. Helicópteros da Marinha, como os do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste (EsqdHU-91), passaram a desempenhar um papel crucial no acesso às comunidades ribeirinhas, isoladas pela seca.
A operação de resgate: coordenação entre Marinha e SAMU
Diante da gravidade do caso do idoso acidentado, que caiu de uma altura de cinco metros e necessitava de atendimento médico urgente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) solicitou apoio aéreo à Marinha. O EsqdHU-91, subordinado ao Comando do 9º Distrito Naval, atendeu prontamente ao chamado, destacando uma aeronave UH-12 para realizar a evacuação aeromédica (EVAM).
A missão, realizada no dia 27 de setembro, foi desafiadora. A equipe de resgate da Marinha, composta por uma tripulação de serviço e um médico do SAMU, decolou de Manaus em direção à área isolada. Ao chegarem ao local, enfrentaram as dificuldades impostas pela geografia e pela seca extrema, que exigiram precisão no pouso e no atendimento. A integração entre as forças militares e civis foi essencial para o sucesso da operação, com a aeronave transportando o idoso em segurança para Manaus, onde ele pôde receber os cuidados médicos necessários.
A importância estratégica do EsqdHU-91 no Noroeste do Brasil
O EsqdHU-91 desempenha um papel fundamental em operações de resgate e evacuação aeromédica na vasta e desafiadora região amazônica. Subordinado ao Comando do 9º Distrito Naval, o Esquadrão é frequentemente chamado a atuar em missões que envolvem transporte de equipes médicas, evacuações de emergência e apoio logístico para comunidades isoladas. O uso de helicópteros, como o UH-12, permite que a Marinha acesse áreas que seriam inacessíveis por outros meios, especialmente em tempos de seca severa, como a enfrentada em 2023.
Essa não foi a primeira vez que o EsqdHU-91 se destacou em operações desse tipo. A unidade já participou de várias missões em localidades remotas, tanto em apoio a ações humanitárias quanto em operações militares. A versatilidade e o alcance de suas aeronaves fazem do Esquadrão uma peça chave na segurança e assistência de populações em áreas de difícil acesso, reforçando a presença e a importância estratégica da Marinha na região.
A ação conjunta entre o SAMU e a Marinha não só salvou uma vida, mas também ressaltou a relevância da colaboração entre forças militares e civis em situações de emergência. Em uma Amazônia cada vez mais impactada pelas mudanças climáticas, essa parceria continuará sendo vital para a segurança e o bem-estar das comunidades mais vulneráveis.
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