Interceptação da FAB Força Pouso de Aeronave Irregular no Amazonas

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Em uma ação rápida e coordenada, a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, no dia 22 de outubro, uma aeronave que violava o espaço aéreo nacional no município de Lábrea, Amazonas. O avião, que entrou clandestinamente no Brasil vindo do Peru, foi identificado pelas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano e E-99. Após desobedecer às ordens de pouso, a aeronave foi forçada a aterrissar em uma área descampada, onde seu tripulante tentou destruir o avião antes de fugir.

Detalhes da Interceptação e Ação da FAB

A operação começou quando o Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (SISDABRA) detectou o tráfego ilícito próximo à fronteira com o Peru. Imediatamente, aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano, juntamente com um E-99 de inteligência, vigilância e reconhecimento, foram acionadas pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) para interceptar a aeronave clandestina, um PA-28 Cherokee, que não havia apresentado plano de voo.

A interceptação ocorreu às 10h50 (horário de Brasília). Durante a execução das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), as aeronaves da FAB seguiram procedimentos rigorosos e progressivos, começando pelas Medidas de Averiguação, que incluíram o reconhecimento à distância e a interrogação da tripulação. Quando a aeronave não respondeu às ordens, foram implementadas Medidas de Intervenção, ordenando a mudança de rota e um pouso obrigatório. Após repetidas tentativas de comunicação e manobras de persuasão, incluindo o disparo de tiros de aviso, o piloto da aeronave ilícita optou por realizar um pouso forçado ao sul da pista de Lábrea, próximo à Rodovia Transamazônica.

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Após o pouso, o tripulante foi visto ateando fogo na aeronave e fugindo do local. A Polícia Federal (PF) foi acionada para a realização das Medidas de Controle no Solo e iniciou investigações para identificar o piloto e a carga que poderia estar sendo transportada, reforçando a colaboração entre as forças de segurança no combate a atividades ilícitas.

Operação Ostium e a Segurança das Fronteiras Brasileiras

A interceptação da aeronave faz parte da Operação Ostium, uma iniciativa contínua que integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF). O objetivo da operação é combater ilícitos transfronteiriços, como o tráfico de drogas e armas, através de ações coordenadas entre a FAB e diversos Órgãos de Segurança Pública (OSP). O Decreto nº 5.144 de 16 de julho de 2004 estabelece as diretrizes para essas ações, garantindo uma resposta rápida e eficaz a atividades suspeitas na vasta fronteira brasileira.

A Operação Ostium exemplifica a necessidade de um monitoramento contínuo e a prontidão das tripulações para agir imediatamente em situações críticas. Com o uso de aeronaves como o A-29 Super Tucano, que é ágil e eficaz em operações de interceptação, e o E-99, que oferece suporte de vigilância e reconhecimento a partir do ar, a FAB consegue mapear rotas e prevenir que aeronaves suspeitas ingressem no território brasileiro sem permissão. A parceria com a Polícia Federal e outras forças de segurança é essencial para garantir que as ações de policiamento aéreo se estendam ao solo, com investigações detalhadas e medidas de controle que possam desarticular redes criminosas.

Tecnologia e Estratégia no Combate ao Tráfego Ilícito Aéreo

A interceptação da aeronave clandestina em Lábrea destacou a importância do uso de tecnologia avançada e estratégias bem definidas para proteger o espaço aéreo nacional. O A-29 Super Tucano, usado para interceptações diretas, é uma aeronave de alta performance projetada para operações de ataque leve e policiamento aéreo, sendo capaz de responder rapidamente a ameaças em zonas de fronteira. Por sua vez, o E-99 é fundamental para operações de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), permitindo monitorar grandes áreas e identificar tráfegos suspeitos, mesmo a longas distâncias.

O Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (SISDABRA) utiliza uma rede de radares integrados para detectar qualquer movimento irregular próximo às fronteiras do país. Quando uma aeronave é detectada sem autorização ou plano de voo, as equipes de defesa aérea são acionadas para investigar e, se necessário, interceptar. Esse processo é meticulosamente planejado para garantir a segurança do espaço aéreo e impedir atividades ilícitas.

O Major-Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho, Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, destacou a importância dessas operações: “As tecnologias de monitoramento embutidas em nossos radares, juntamente com a prontidão das tripulações e controladores, aumentam a nossa capacidade de mapear as rotas dos traficantes e agir para impedir que a droga chegue em seu destino.” As ações coordenadas entre tecnologia e pessoal qualificado são a chave para a eficácia das operações de policiamento aéreo e garantem que o Brasil possa proteger suas fronteiras contra ameaças transnacionais.

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