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Fuzileiros Navais testam novo sistema de Comando e Controle

Soldado brasileira operando rádio em ambiente externo.
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Na Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, os Fuzileiros Navais deram mais um passo em direção à modernização de suas operações. Durante o exercício “Adestramento de Subunidade de Comando e Controle”, o Batalhão de Comando e Controle (BtlCmdoCt) testou, em campo, um sistema de localização em tempo real capaz de transformar dados brutos em percepção situacional instantânea. O uso do SAETE-C2 integrado aos rádios CNR 9000 HDR promete revolucionar a capacidade de Comando e Controle da tropa.

Integração Tecnológica e Capacidades do SAETE-C2

O grande destaque do exercício foi a aplicação prática do Sistema de Avaliação dos Exercícios Táticos da Esquadra – Comando e Controle (SAETE-C2). Este sistema permite uma gestão operacional em tempo real, transformando informações de posicionamento por GPS e transmissões de dados via rádio VHF em uma visão unificada do teatro de operações.

Mapa aéreo de cidade com ícones de localização.

Durante as atividades, os militares utilizaram os rádios CNR 9000 HDR, equipamento de última geração que garante transmissão simultânea de voz e dados, mesmo em ambientes de interferência. As ferramentas gráficas do SAETE-C2 facilitaram o planejamento de rotas, definição de objetivos e distribuição dos efetivos. Na fase de execução, o sistema processou os dados recebidos para fornecer uma representação em tempo real da movimentação das tropas, criando um mapa operacional dinâmico.

Além disso, o SAETE-C2 se mostrou essencial no debriefing do exercício, ao permitir a reprodução detalhada de toda a operação, com análise de desempenho, cronograma de eventos críticos e métricas de eficiência. Essa capacidade de avaliação pós-operação é vista como um salto qualitativo no processo de aprendizado tático da unidade.

Impacto Social e Doutrinário nas Tropas de Fuzileiros Navais

A incorporação de novas tecnologias como o SAETE-C2 e os rádios CNR 9000 HDR está redefinindo o conceito de Comando e Controle dentro do Corpo de Fuzileiros Navais. Os militares envolvidos passaram por um processo intenso de capacitação técnica, que exigiu semanas de treinamento prévio para operar os novos sistemas com eficácia.

No aspecto doutrinário, o exercício marcou um avanço significativo na adoção de uma cultura operacional orientada por dados. A capacidade de monitorar em tempo real o deslocamento de cada unidade no terreno ampliou a responsabilidade individual dos militares, uma vez que todas as ações passaram a ser rastreáveis e auditáveis.

Socialmente, a introdução desse nível de tecnologia também trouxe novos desafios. O controle mais rigoroso das operações exige maior atenção, precisão nas comunicações e uma mentalidade adaptada ao uso intensivo de tecnologia. Para os Fuzileiros Navais, o exercício foi mais do que um simples adestramento: foi uma oportunidade de evolução na forma de pensar e conduzir as operações militares.

O Papel da Base de São Pedro da Aldeia e a Estratégia Nacional de Defesa

A escolha da Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia para a realização do exercício não foi por acaso. Localizada estrategicamente no Estado do Rio de Janeiro, a base é um polo logístico e operacional fundamental para a Marinha do Brasil, especialmente para as unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra.

O exercício reforça o papel da base como centro de inovação doutrinária e tecnológica, alinhado com os objetivos da Estratégia Nacional de Defesa, que prevê o fortalecimento da capacidade de resposta rápida das Forças Armadas. O treinamento com foco em Comando e Controle responde diretamente à necessidade de aumentar a prontidão operacional e a capacidade de intervenção rápida em cenários de crise.

Além disso, o uso de tecnologias como o SAETE-C2 integra-se aos programas de modernização das Forças Armadas, que buscam dotar o Brasil de maior capacidade de consciência situacional, fator determinante em conflitos modernos. A experiência adquirida pelos Fuzileiros Navais nesse adestramento fortalece o posicionamento estratégico da Marinha do Brasil no cenário internacional de defesa.

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