Exército forma oficiais de 10 países em Defesa Cibernética

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Em um mundo cada vez mais conectado e vulnerável a ataques digitais, o Exército Brasileiro deu mais um passo estratégico ao formar 13 oficiais de 10 países no IX Estágio Internacional de Defesa Cibernética. Realizado em Brasília, o curso promovido pela Escola Nacional de Defesa Cibernética (ENaDCiber) fortalece a cooperação internacional e prepara líderes militares para enfrentar os desafios do ambiente cibernético global.
Conteúdo técnico e estrutura do Estágio Internacional da ENaDCiber
Conduzido entre os dias 12 e 23 de maio, o IX Estágio Internacional de Defesa Cibernética teve uma programação intensa que combinou teoria e prática em um ambiente de simulação de ameaças reais. Os oficiais participantes foram expostos a técnicas de guerra cibernética, proteção de infraestruturas críticas, resposta a incidentes e análise de vulnerabilidades digitais.
A formação ocorreu nas instalações do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) e contou com instrutores especializados do Exército e de órgãos parceiros. O estágio incluiu ainda oficinas de interoperabilidade de sistemas de defesa digital, permitindo que os oficiais testassem estratégias de resposta conjunta em situações de cibercrises. As atividades visaram fortalecer o entendimento comum entre as nações sobre os principais riscos que ameaçam redes militares e civis.
Relevância geopolítica da cooperação cibernética entre nações
O estágio internacional organizado pelo Brasil reforça a percepção de que segurança cibernética é um tema geopolítico de primeira ordem. As nações participantes — entre elas Estados Unidos, Paraguai, Portugal, México, Peru e República Dominicana — compartilham o objetivo de fortalecer suas defesas diante de ameaças globais, como espionagem digital, sabotagens a sistemas críticos e ataques coordenados por atores estatais ou criminosos.
Capacitar oficiais de diferentes continentes sob uma mesma doutrina técnica é uma forma de consolidar alianças estratégicas e preparar forças militares para agir de forma coordenada. O intercâmbio de experiências também permite que as nações desenvolvam padrões de atuação compatíveis, o que é essencial para responder a ameaças transnacionais com rapidez e eficácia.
Papel do Brasil na formação e liderança em Defesa Cibernética
A condução do estágio pela Escola Nacional de Defesa Cibernética (ENaDCiber) evidencia o protagonismo do Exército Brasileiro na área de segurança digital. A criação e consolidação de uma escola especializada em formar militares de outras nações é uma demonstração de soft power militar, em que o conhecimento técnico se torna um instrumento de influência internacional.
A solenidade de encerramento, presidida por autoridades de alto escalão como o General de Exército Achilles Furlan e o General de Divisão Ivan de Sousa Corrêa Filho, simboliza o reconhecimento institucional da importância do setor cibernético para a segurança nacional e regional. O evento também contou com a presença de adidos militares e representantes do Ministério das Relações Exteriores, reforçando o caráter diplomático da iniciativa.
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