Brasil lidera iniciativas para crescimento sustentável da Economia Azul

O Brasil avança como protagonista na Economia Azul global, impulsionado por iniciativas como o BNDES Azul. Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável dos oceanos, a iniciativa busca sinergias entre a preservação ambiental e a economia marítima, com foco na descarbonização da frota naval e na modernização da infraestrutura portuária. O apoio do BNDES marca um novo capítulo no uso inteligente dos recursos marinhos, colocando o país em posição de destaque no cenário internacional.

O BNDES Azul e a Sinergia entre Economia e Sustentabilidade

Lançado em janeiro de 2024, o BNDES Azul é uma resposta estratégica ao crescimento da economia dos oceanos e ao compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável. A iniciativa prevê investimentos expressivos na descarbonização da frota naval, um passo essencial para reduzir as emissões de carbono, especialmente em um país onde o transporte marítimo responde por mais de 75% do comércio global de carga. A modernização da frota naval brasileira, com a introdução de tecnologias limpas e mais eficientes, não apenas atende aos padrões ambientais internacionais, mas também posiciona o Brasil como líder nas discussões sobre a transição energética no setor marítimo.

Além disso, o BNDES Azul destina recursos para fortalecer a infraestrutura portuária do país. Portos são fundamentais para o escoamento de produtos e para a integração do Brasil no comércio internacional, e modernizar essa infraestrutura é vital para aumentar a competitividade da economia nacional. A revitalização portuária, juntamente com a adoção de práticas sustentáveis, pode reduzir gargalos logísticos e alavancar o crescimento econômico com menor impacto ambiental.

Infraestrutura Portuária como Motor de Crescimento Sustentável

A infraestrutura portuária brasileira é um dos pilares da Economia Azul, sendo responsável por mais de 95% do comércio exterior do país. O BNDES Azul reconhece essa importância e tem como uma de suas frentes o aprimoramento das condições operacionais e a adoção de práticas ambientalmente corretas nos principais portos brasileiros. Isso inclui investimentos em tecnologias que reduzam a poluição e aumentem a eficiência energética, preparando os portos brasileiros para uma economia cada vez mais exigente em termos de sustentabilidade.

Esse movimento já tem mostrado resultados, especialmente com o avanço do Planejamento Espacial Marinho (PEM). O PEM é uma ferramenta essencial para organizar e otimizar o uso dos espaços marinhos, evitando conflitos entre atividades econômicas e preservando a biodiversidade. A região Sul do Brasil já conta com o PEM em execução, e novas regiões estão sendo incluídas no projeto, como o Sudeste e o Norte, cuja implementação está prevista para o final de 2024. Essa estratégia coloca o Brasil na vanguarda do planejamento oceânico e reflete um compromisso com a exploração sustentável dos mares.

Como o Planejamento Espacial Marinho (PEM) Fortalece a Exploração Sustentável

O Planejamento Espacial Marinho é um dos principais instrumentos para garantir que o uso dos recursos marítimos seja realizado de forma coordenada e sustentável. O PEM tem como objetivo equilibrar diferentes interesses, como a exploração de recursos energéticos, a pesca, o turismo e a preservação ambiental. Ao ordenar o uso do espaço marítimo, o Brasil consegue não apenas maximizar os benefícios econômicos, mas também preservar ecossistemas sensíveis, como recifes de corais e manguezais, que desempenham um papel crucial na absorção de carbono e na manutenção da biodiversidade marinha.

Com o avanço do PEM, o Brasil solidifica sua liderança no Atlântico Sul, sendo reconhecido internacionalmente como um país que alia desenvolvimento econômico e conservação dos mares. O apoio do BNDES Azul tem sido fundamental para financiar as pesquisas necessárias para a implementação desse planejamento e para garantir que a exploração dos mares brasileiros aconteça de maneira sustentável e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.