Barbacena ergue Mastro da Marinha para Vigília Permanente da Bandeira Nacional junto aos Heróis da FEB

No próximo sábado, 14 de junho de 2025, Barbacena realizará a Solenidade Cívico-Militar de Inauguração de um Mastro Naval doado pela Marinha do Brasil ao Município, bem como o Hasteamento do Pavilhão Nacional.

Por iniciativa da Prefeitura de Barbacena, visando à valorização dos símbolos nacionais e à promoção dos valores cívicos, constatou-se a ausência da Bandeira Nacional hasteada de forma permanente em local público de destaque. Diante disso, foi solicitada à Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania Fluvial de Minas Gerais, a doação de um mastro naval para integrar o Monumento aos Expedicionários, situado na cidade.

A solicitação foi atendida com a doação do mastro, acompanhada de apoio logístico e operacional do 1º Distrito Naval e do Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais, sem custos aos cofres públicos municipais. Com a anuência do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico – COMPHA, a gestão municipal elaborou e executou o projeto de instalação do mastro junto ao monumento.

É com o coração tomado por reverência, orgulho e gratidão que a população barbacenense se reunirá em uma manhã solene para inscrever, no solo da história, um marco perene de civismo, honra e pertencimento. Ao lado do Monumento do Expedicionário, onde repousa a memória viva dos 115 filhos de Barbacena que combateram o nazifascismo nos campos da Itália, será inaugurado o mastro naval doado pela Marinha do Brasil. Ele sustentará, de forma permanente, a Bandeira Nacional, símbolo maior da nossa soberania, identidade e união como povo brasileiro. Em ocasiões especiais, o mastro também acolherá as bandeiras do Estado de Minas Gerais e do Município de Barbacena.

Não se ergue apenas uma estrutura de aço. Ergue-se um farol. Um juramento silencioso. Um tributo visível à coragem, ao sacrifício e à vitória.

A Bandeira Nacional, que a partir do dia 14, por força de Decreto Municipal, tremulará dia e noite; sob sol, chuva ou vento; será a sentinela constante da memória e do dever. Estará iluminada como estrela viva no firmamento de Barbacena, como determina a lei e como exige o respeito a esse símbolo sagrado da Pátria.

A doação deste mastro pela Marinha do Brasil transcende um gesto administrativo. É uma semente de patriotismo, memória e unidade nacional. Em seu topo, luzes de navegação (verde, vermelha e âmbar) elevam seu valor simbólico, transformando-o em ponto de referência de civismo, reverência e esperança.

E não poderia haver lugar mais apropriado para essa instalação do que ao lado do Monumento dedicado aos Expedicionários, onde se mantém viva a memória dos nossos heróis. A Mineira Barbacena, tem sua história entrelaçada com o mar durante o período da guerra. Lembramos aqui o navio mercante SS Barbacena, torpedeado por um submarino nazista no Atlântico Sul, um dos símbolos do sangue brasileiro derramado nas águas profundas da guerra. Recordamos o tenente Alípio de Andrada Serpa, que sacrificou a própria vida no naufrágio do navio Arará, ao auxiliar companheiros em meio ao caos. Lembramos ainda do de Francisco da Silva, expedicionário que, durante a travessia rumo à Itália, lançou-se ao oceano para salvar um irmão de arma. Salvou-o, mas ele próprio não voltou.

São nomes. São gestos. São destinos. Mas, acima de tudo, são exemplos que nos inspiram a jamais esquecer.

Por determinação do Poder Executivo Municipal e em esforço conjunto com diversas forças presentes na cidade, que estarão compondo a tropa nesta cerimônia (Escola Preparatória de Cadetes do Ar, a Polícia Militar de Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a Polícia Civil de Minas Gerais, a Polícia Penal de Minas Gerais e a Secretaria Municipal de Segurança Pública (composta pela Guarda Civil Municipal, Diretoria de Mobilidade Urbana e Defesa Civil)) será instituído o rito solene e regular da troca da Bandeira Nacional. A cada três meses (fevereiro, maio, agosto e novembro), uma nova cerimônia será realizada. Cada hasteamento será mais que um gesto cívico: será um pacto renovado de amor ao Brasil. Um símbolo vivo da unidade e do respeito que nos une sob o mesmo estandarte.

Barbacena é uma das poucas cidades brasileiras a manter, com altivez, um monumento dedicado à Força Expedicionária Brasileira. Este é um privilégio, mas é também uma missão. Cabe à população, às autoridades, aos professores, aos pais e mães garantir que as novas gerações conheçam essas histórias. Que não apenas as ouçam, mas que as sintam. Que as carreguem consigo, como se cada bandeira aqui hasteada sussurrasse ao coração de cada criança: Você é brasileiro. E isso é uma honra que se deve viver com coragem, respeito e amor.

Que este ano de 2025, que marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, traga à memória os dias em que os céus italianos foram cortados pelo grito heroico “Senta a Pua!”, símbolo do nosso 1º Grupo de Aviação de Caça. Que lembremos também das enfermeiras da Força Aérea, que, mesmo desarmadas, enfrentaram o front com bravura. Que evoquemos cada farda vestida, cada batalha travada, cada vida sacrificada em nome da liberdade.

Barbacena se levanta não apenas em homenagem ao passado, mas também em compromisso com o futuro.

Que este mastro não seja apenas um ponto físico, mas um altar de valores. Que esta bandeira, altiva a tremular, conte histórias de bravura. Que inspire civismo, ética e esperança. Que desperte, em cada olhar voltado para o alto, a certeza de que o verdadeiro patriotismo se constrói com memória, com respeito e com o inabalável compromisso com o bem comum.

Que esta mineira cidade de Barbacena, terra natal de Alberto Santos-Dumont, guardiã de memórias heroicas, continue sendo também terra fértil de esperança, civismo e união.

E que, sob o manto de nossa Bandeira, o Brasil que sonhamos seja, dia após dia, construído com coragem, dignidade e amor.