Aeronaves da FAB localizam e neutralizam dragas ilegais

Imagem aérea noturna de infraestrutura isolada na floresta
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Sob os céus da Amazônia Ocidental, a Força Aérea Brasileira (FAB) tem sido decisiva na guerra contra o garimpo ilegal. Com uso de tecnologias avançadas de detecção aérea, as aeronaves da FAB estão identificando, com precisão cirúrgica, dragas clandestinas escondidas entre os rios e a floresta densa. A neutralização de 16 dessas estruturas reforça o poder de vigilância do Estado sobre uma região estratégica e ameaçada.

Tecnologia e inteligência aeroespacial empregadas pela FAB

Avião militar sobrevoando paisagem natural.

A atuação da FAB na Amazônia é sustentada por um robusto sistema de vigilância aérea e sensoriamento remoto, que permite detectar, mesmo sob densas copas de árvores ou em condições meteorológicas adversas, a presença de estruturas ilegais. As aeronaves empregadas na missão são equipadas com radares de abertura sintética (SAR), sensores eletro-ópticos e infravermelhos, além de sistemas embarcados de reconhecimento e georreferenciamento.

Essas tecnologias permitem identificar dragas, balsas, rebocadores e acampamentos ilegais, mesmo quando camuflados nas margens dos rios. A inteligência gerada em voo é compartilhada em tempo real com as equipes de solo da Polícia Federal, ICMBio e militares do Comando Conjunto APOENA, permitindo ações rápidas e eficazes. Segundo o Brigadeiro do Ar Leonardo Venancio Mangrich, a capacidade de “ver através da floresta” é fundamental para o sucesso da operação.

Impacto ambiental e social da destruição das dragas ilegais

A neutralização das estruturas de garimpo ilegal representa um avanço significativo na defesa do meio ambiente amazônico. O uso de mercúrio na extração de ouro não apenas contamina os rios, mas também representa um risco gravíssimo à saúde humana e à biodiversidade local. Na operação, além das 16 dragas, foram apreendidos cerca de 2,3 kg de mercúrio e uma arma de fogo, o que evidencia o caráter criminoso e organizado dessas atividades.

O impacto das ações vai além do ambiental: comunidades indígenas e ribeirinhas têm suas fontes de água e alimentação ameaçadas pela poluição gerada pelo garimpo. Ao impedir a expansão dessas atividades, a FAB e os demais órgãos envolvidos contribuem para a preservação da cultura tradicional, da saúde pública e da qualidade de vida de dezenas de comunidades que dependem diretamente dos recursos naturais da região.

Importância estratégica da FAB na Operação Ágata Amazônia 2025

A Operação Ágata Amazônia 2025, coordenada pelo Ministério da Defesa, mobiliza mais de 500 mil km² de território – uma área equivalente à Espanha. Nesse cenário colossal, o papel da Força Aérea Brasileira é garantir não apenas a segurança do espaço aéreo nacional, mas também atuar como protagonista nas ações de inteligência e resposta rápida contra crimes ambientais e transfronteiriços.

A presença constante da FAB na região reafirma o compromisso do Brasil com a soberania amazônica e com o enfrentamento das ameaças que desafiam a ordem e a sustentabilidade da floresta. A operação já resultou na destruição de dragas, balsas, acampamentos e na prestação de assistência médica a mais de 67 comunidades, evidenciando o caráter multidimensional da missão: proteger, cuidar e vigiar.

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