Um novo relatório feito por especialistas em ciência da computação, políticas públicas, psicologia, sociologia e outras disciplinas mostrou que a inteligência artificial (IA) atingiu um ponto crítico em sua evolução. O documento propõe uma visão ampla sobre o estudo da IA nos últimos 100 anos (AI100) e sua evolução para o futuro.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

Avanços no processamento da linguagem, visão computacional e reconhecimento de padrões mostram que sistemas de inteligência artificial estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, ajudando na escolha de um filme, traçando rotas no trânsito ou diagnosticando doenças, por exemplo.

“Nos últimos cinco anos, a IA passou de algo que acontece principalmente em laboratórios de pesquisa para algo que está na sociedade, afetando a vida das pessoas. Estamos enfrentando o impacto social dessa tecnologia e precisamos encontrar maneiras de obter os benefícios da IA ​​e, ao mesmo tempo, minimizar os riscos”, pondera o professor de ciência da computação da Brown University Michael Littman, que presidiu o relatório.

Perguntas & respostas

O relatório foi idealizado com base em um conjunto de 14 perguntas sobre áreas críticas do desenvolvimento de inteligências artificiais. Um comitê composto por 17 pesquisadores e especialistas respondeu a questões como “Quais são os avanços mais importantes na IA?” e “Quais são seus maiores desafios?” Outros fatores, como riscos e perigos, efeitos na sociedade e percepção pública, também foram discutidos.

Ao analisar o conteúdo das respostas, os pesquisadores puderam descrever onde a inteligência artificial está hoje e qual o seu lugar no futuro, incluindo uma avaliação detalhada sobre as fronteiras de conhecimentos atuais e as principais oportunidades e desafios para a sociedade na interação com sistemas autônomos mais complexos.

“O que torna este relatório único é que ele foi escrito por especialistas que criam algoritmos de IA ou estudam sua influência na sociedade como sua principal atividade profissional. Ele também fornece um modelo maravilhoso, respondendo a um conjunto de perguntas que esperamos que os futuros painéis de estudo reavaliem em intervalos de cinco anos”, afirma o professor de ciência da computação da Texas University Peter Stone.

Quanto aos avanços da IA, o relatório mostra um progresso substancial em diversas áreas, como processamento de fala e linguagem, visão computacional e programação. Uma melhora significativa conquistada com novas técnicas de aprendizagem de máquina e sistemas de aprendizagem profunda, que saíram do ambiente acadêmico para o dia a dia das pessoas.

Na área de processamento de linguagem natural, por exemplo, os sistemas orientados por IA agora são capazes não apenas de reconhecer palavras, mas entender como elas são usadas gramaticalmente e como os significados podem mudar em diferentes contextos. Outros dispositivos ajudam médicos no diagnóstico de doenças e no desenvolvimento de novos remédios.

Os riscos do futuro

Quanto aos possíveis riscos da inteligência artificial para a sociedade, o relatório não prevê um futuro distópico como nos filmes, com máquinas avançadas dominando o mundo. Segundo os especialistas em IA, os perigos reais são um pouco mais sutis e igualmente preocupantes.

“Imagens e vídeos falsos usados ​​para espalhar informações incorretas ou prejudicar a reputação das pessoas, robôs on-line utilizados ​​para manipular o discurso público e a opinião, ou a criação de algoritmos treinados com tendências preconceituosas são apenas alguns exemplos dos riscos a que estamos expostos. A boa notícia, é que estamos levando esses perigos a sério”, encerra o professor Michael Littman.

Fonte: Brown University e Canaltech

Fonte: DCiber.org