OPERANTAR XLIII: navios da Marinha retornam ao Brasil

Navio vermelho H41 atracado no porto.
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O céu do Rio de Janeiro testemunhou, neste sábado (12), o retorno triunfante dos navios “Ary Rongel” e “Almirante Maximiano”, encerrando a fase de verão da OPERANTAR XLIII. Após seis meses de apoio à pesquisa científica e logística na Antártica, a Marinha do Brasil reafirma sua presença estratégica no continente gelado.

Engenharia logística e ciência em alto-mar

Helicóptero sobrevoando navio no oceano

Ao longo da missão, os navios prestaram apoio essencial à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), viabilizando a operação de 24 projetos de pesquisa, com o envolvimento de 165 pesquisadores. Foram transportados 400 mil litros de óleo diesel antártico, 10 toneladas de suprimentos e equipamentos cruciais para a manutenção da estação.

Além disso, os navios participaram da instalação e desmontagem de quatro acampamentos científicos, estendendo a capacidade de pesquisa a regiões remotas da Antártica. Também realizaram levantamentos hidrográficos em áreas de gelo e baixa visibilidade, contribuindo com dados fundamentais para a atualização de cartas náuticas e para a segurança da navegação.

Histórias de superação e emoção no retorno

Para os militares a bordo, cada comissão é um ciclo de dedicação intensa e, muitas vezes, de renúncia pessoal. O Primeiro-Sargento Alisson Unias Aragão, do “Almirante Maximiano”, retornou ao Brasil sem ter visto o nascimento de seu filho. “É uma satisfação muito grande voltar à nossa terra natal. Meu filho nasceu durante essa missão. Ainda não tive a oportunidade de pegá-lo nos braços”, disse, emocionado.

Pessoas aguardando chegada de militares em porto.

O retorno foi celebrado por familiares na Base Naval da Ilha das Cobras, em um clima de emoção e reconhecimento. A bordo, os militares convivem por meses sob condições meteorológicas adversas, enfrentando gelo, ventos extremos e longos períodos de isolamento. Mesmo assim, como afirmou o Comandante do “Ary Rongel”, Capitão de Mar e Guerra Marco Aurélio Barros de Almeida, “o mais importante é regressar com toda a tripulação sã e salva”.

Geopolítica, ciência e o papel do Brasil na Antártica

A OPERANTAR integra o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), maior programa científico contínuo do Brasil. A missão reforça o compromisso do país com o Tratado da Antártica, que privilegia a pesquisa científica e a cooperação internacional. Nesta edição, o Brasil manteve interações com as missões da Argentina, Chile, Polônia, Rússia, Equador, Canadá, Peru e Turquia.

Além da logística, a operação tem alto valor diplomático, pois garante ao Brasil voz ativa nas decisões sobre o futuro do continente antártico. A Marinha, ao conduzir o PROANTAR com excelência, demonstra sua capacidade operacional e seu papel como protagonista da diplomacia científica e ambiental brasileira.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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