Dois homens foram presos em um condomínio de luxo em Santana de Parnaíba, suspeitos de envolvimento no comércio de 21 armas furtadas de um arsenal do Exército em Barueri, São Paulo. A operação, denominada Tormentorum Vendito, foi executada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro, evidenciando uma articulação inter-estadual no combate ao crime organizado.
Detalhes da Operação
A captura foi possível graças a uma denúncia anônima que levou à expedição de mandados de busca e apreensão. Nestas buscas, as autoridades apreenderam uma pistola, dois carregadores, um rastreador, quatro carros, um caminhão, além de 12 celulares, três notebooks, pen drives e vários documentos.
Recuperação do Armamento
O esforço das polícias não se limitou à prisão dos suspeitos. Anteriormente, a Polícia Civil do Rio de Janeiro havia recuperado parte do arsenal, incluindo quatro metralhadoras calibre .50 e outras quatro armas do tipo Mag, calibre 7.62, encontradas em um carro roubado. Posteriormente, mais duas metralhadoras foram recuperadas na Praia da Reserva, ambos incidentes na Zona Oeste do Rio.
Contexto do Crime
Investigações indicaram que o armamento estava destinado a traficantes do Comando Vermelho e milicianos para uso em conflitos armados, especialmente nas áreas da Gardênia Azul e Cidade de Deus. A operação revelou um complexo esquema de comércio ilícito de armas de fogo de uso restrito, além de atividades relacionadas como receptação e clonagem de veículos.
Medidas Administrativas e Judiciais
Em resposta ao incidente, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo abriu um inquérito para investigar o furto das armas e as falhas de segurança relacionadas. Em Cajamar, onde os equipamentos foram originalmente vigiados, medidas foram tomadas contra os agentes responsáveis pela segurança. O Ministério Público Militar já denunciou oito pessoas, incluindo civis e militares, destacando a gravidade do caso e as ramificações dentro das próprias forças armadas.
Com informações da Agência Brasil