Trezentos quilos de camarão e outros pescados apreendidos foram doados a instituições beneficentes
Por Primeiro-Tenente (RM2-T) Luciana Santos de Almeida – Brasília, DF

Foram contabilizadas, até o momento, autuações que totalizam mais de R$ 320 mil em multas aplicadas a empresas e pescadores flagrados em pesca ilegal de camarão no litoral de São Paulo. A Operação Decapoda (nome científico do camarão) do Ibama, que tem apoio da Marinha do Brasil (MB) e da Polícia Ambiental Marítima, iniciada em 18 de abril, segue até o fim deste mês e já teve mais de 50 embarcações abordadas, além de 173 pescadores. A Marinha tem atuado por meio de navios e lancha em patrulhas navais, desde São Sebastião (SP) até Paranaguá (PR). Durante a ação, os agentes apreenderam 301 quilos de camarão e outros pescados, que foram doados para instituições beneficentes cadastradas pelos órgãos ambientais.

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O defeso é estabelecido nacionalmente pelo Ibama para garantir a continuação da espécie – em virtude do período de reprodução dos crustáceos – por meio da inibição da pesca ilegal dos camarões. Nessa época, é permitida apenas a venda por estabelecimentos que comprovem que a pesca foi feita em data anterior ao defeso. A proibição da captura nesse período é divulgada anualmente pelo Ibama em vários pontos do País, principalmente em áreas litorâneas. “É uma época delicada, porque a fauna aquática será afetada se não for controlada. Por isso, o Ibama visa a orientar e prevenir para não deixar o crime ambiental ocorrer. Temos obrigação de estar atentos para que não haja extinção de algumas espécies fragilizadas no momento”, afirma a Chefe da Unidade Técnica do Ibama em Santos (SP), Ana Angélica Alabarce. Ela explica que todos podem contribuir com essa operação. “Os pescadores colaboram ao respeitar essa época para a segurança da fauna aquática, beneficiando as futuras gerações, e a sociedade apoia ao denunciar quando perceber essa atividade ilegal”, reforça.

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Lancha de Inspeção Naval blindada da MB com militares e agente do Ibama em abordagem à
embarcação pesqueira na baía de Santos

O Comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste, Capitão de Fragata Carlos Frederico Tojal do Vale, afirma que estão realizando fiscalizações de embarcações por meio de inspeções navais e combates a crimes transfronteiriços e ambientais. “A Marinha, além de fazer um patrulhamento dentro dos portos, um patrulhamento mais costeiro, mais próximo à terra,  também leva os fiscais do Ibama embarcados em navios de maior porte, que se afastam da região costeira e abordam essas embarcações suspeitas de estarem praticando a pesca do camarão”, disse.

Ana Angélica Alabarce destacou quais são as expectativas até o fim da operação. “Esperamos a conscientização do ator pescador e consumidor, e prejuízo para os mal intencionados. O objetivo não é autuar, mas educar e fazer as regras legais serem respeitadas, o que só trará benefício a todos”, enfatiza.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).