Operação Atlas 2025 prepara tropas para cenários complexos na Amazônia

Palestrante apresenta sobre Operação Atlas 2025.
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A floresta densa, as distâncias imensas e a fronteira sensível compõem o ambiente desafiador onde as Forças Armadas Brasileiras irão se adestrar em 2025. A Operação Atlas, planejada em reunião estratégica no Comando Militar da Amazônia (CMA), será conduzida em Roraima e testará a capacidade de reação das tropas diante de ameaças simuladas em território nacional.

Alinhamento tático e fases do exercício

Palestra militar sobre Operação Atlas 2025 no auditório.

Nos dias 14 e 15 de maio, o CMA, sediado em Manaus, reuniu comandantes de diversas Organizações Militares (OMs) e representantes do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) para detalhar as etapas da Operação Atlas 2025. Coordenado pelo Ministério da Defesa, o exercício será dividido em fases: planejamento, conceituação, deslocamento estratégico e execução tática.

A proposta é aplicar Problemas Militares Simulados (PMS) em um cenário operacional abrangente e desafiador. A operação tem como foco o aprimoramento do Sistema de Planejamento de Emprego Conjunto, capacitando as Forças para reagirem de forma coordenada a ameaças reais, testando a prontidão em áreas de difícil acesso e relevância estratégica como a Amazônia Ocidental.

Roraima: fronteira de desafios e estratégia

A escolha do estado de Roraima como teatro do exercício não é aleatória. Localizado no extremo norte do país, com fronteiras com a Venezuela e a Guiana, Roraima é uma região de alta complexidade logística e sensibilidade geopolítica. A presença militar nesse território reafirma o compromisso com a defesa das fronteiras e a soberania nacional.

Além das características geográficas desafiadoras, a região exige capacidade de mobilização rápida, operações conjuntas e domínio do ambiente amazônico. A operação também reforça a capacidade das Forças Armadas de se articularem para responder a crises diversas, de ameaças externas a emergências humanitárias, em uma área crítica para os interesses nacionais.

Integração, interoperabilidade e prontidão conjunta

Mais do que um exercício tático, a Operação Atlas 2025 tem como missão principal reforçar a interoperabilidade entre Exército, Marinha e Força Aérea. O exercício mobilizará tropas de diferentes regiões do Brasil para atuar de maneira integrada, simulando situações que exigem resposta rápida, comunicação eficiente e tomada de decisão conjunta.

A operação serve como laboratório de integração operacional, onde as Forças experimentam doutrinas, testam tecnologias e ajustam procedimentos para maximizar sua eficácia em operações reais. A reunião no CMA evidenciou o grau de comprometimento das lideranças militares com a missão e com a preparação contínua para defesa do território e da população brasileira.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).