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Na Operação Ágata Oeste 2024, a Marinha do Brasil destacou o Monitor “Parnaíba”, o navio de guerra mais antigo do mundo ainda em serviço ativo. Com 87 anos de história, o “Parnaíba” continua sendo uma embarcação robusta e moderna, atuando nas operações de patrulhamento fluvial, inspeção naval e segurança marítima na região dos rios Paraguai, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
História e Modernização do Monitor “Parnaíba”
O Monitor “Parnaíba” é um verdadeiro símbolo da tradição naval brasileira. Construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e comissionado em 1937, o navio foi o primeiro projeto naval totalmente brasileiro, marcando a retomada da construção naval no país no século XX. Seu batimento de quilha ocorreu em 11 de junho de 1935, e, após 17 meses de trabalho, o navio flutuou pela primeira vez, iniciando uma trajetória que o tornaria uma das embarcações mais importantes da Marinha do Brasil.
Ao longo de seus 87 anos, o “Parnaíba” passou por diversas modernizações para acompanhar o desenvolvimento tecnológico e manter sua relevância operacional. Equipado com sistemas avançados de navegação e armamento, o monitor foi projetado para operar em rios de baixa profundidade, como o Rio Paraguai, onde desempenha um papel fundamental em operações de patrulhamento e segurança. Essas atualizações permitiram que o navio se mantivesse robusto e versátil, capaz de atuar nos diversos campos do poder naval, desde operações de combate até missões de assistência humanitária.
O navio tem um histórico notável de serviços prestados à nação. Durante a Segunda Guerra Mundial, o “Parnaíba” foi incorporado à Força Naval subordinada ao Comando Naval do Leste, em Salvador (BA), para escoltar comboios e patrulhar o porto, contribuindo para a defesa da costa brasileira. Após a guerra, ele retornou à sua sede em Ladário (MS), onde permanece até hoje, servindo como uma peça vital da Flotilha de Mato Grosso. Sua longevidade e capacidade de se adaptar a novas tecnologias fazem do “Parnaíba” um verdadeiro patrimônio cultural da Marinha do Brasil.
Atuação do Monitor “Parnaíba” na Operação Ágata Oeste 2024
Na Operação Ágata Oeste 2024, o “Parnaíba” teve um papel crucial nas atividades de patrulhamento fluvial, inspeção naval e na segurança marítima da região dos rios Paraguai, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O navio operou em conjunto com outras 22 embarcações da Marinha do Brasil, além de viaturas e aeronaves, contribuindo para a presença militar e a proteção das fronteiras. A embarcação também realizou atividades de abordagem em proveito da segurança marítima, auxiliando na identificação e inspeção de embarcações suspeitas, reforçando a segurança da população e a repressão ao crime organizado.
Equipado com sistemas de navegação avançados e um arsenal capaz de atuar em diferentes cenários, o “Parnaíba” demonstrou mais uma vez sua versatilidade e eficiência. Suas operações focaram na prevenção e repressão de atividades ilegais, como o tráfico de drogas e contrabando, além do bloqueio e controle de vias fluviais. A atuação do navio foi essencial para a execução das ações planejadas na operação, garantindo uma presença militar efetiva nas áreas críticas e contribuindo para a estabilidade da segurança pública na região.
Durante a operação, o “Parnaíba” também recebeu visitas de autoridades, como a comitiva do Comando Operacional Conjunto Ágata, que sobrevoou a área operacional e pousou no convés de voo do monitor. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer os principais compartimentos do navio e suas capacidades operativas, reconhecendo o valor histórico e estratégico da embarcação. O Comandante do Monitor “Parnaíba”, Capitão de Corveta Robson de Freitas Reis, destacou que o navio foi projetado para operar em rios de baixa profundidade, e, graças às suas modernizações, permanece como um dos ativos mais importantes da Marinha do Brasil.
A Relevância da Operação Ágata Oeste para a Segurança Nacional
A Operação Ágata Oeste 2024 faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Governo Federal, e tem como objetivo fortalecer a presença e a atuação das Forças Armadas e Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF) nas faixas de fronteira de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em 12 dias de operação, foram realizados patrulhamentos, inspeções navais, estabelecimento de postos de bloqueio e controle de vias fluviais, bem como ações preventivas e repressivas ao crime organizado.
Nesta edição, cerca de 2 mil militares foram empregados, utilizando 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além de contar com tecnologias avançadas, como o satélite do Projeto Lessonia e a Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permitiram uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação. As ações resultaram em um prejuízo de mais de R$ 100 milhões ao crime organizado, somando as operações em solo brasileiro e a operação espelhada “Basalto III”, realizada pelo Exército Brasileiro no mesmo período.
A participação do Monitor “Parnaíba” na Operação Ágata Oeste reforça a importância da presença naval na proteção das fronteiras fluviais e no combate ao crime transnacional. A operação contribui para a segurança nacional ao assegurar o controle das vias navegáveis e coibir atividades ilegais, demonstrando o compromisso das Forças Armadas em proteger o território brasileiro e a população. A longevidade e a eficácia do “Parnaíba” são testemunhos da capacidade da Marinha do Brasil em manter ativos operacionais modernos e eficientes, mesmo em navios com décadas de serviço.
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