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Em uma ação coordenada, as Forças Armadas, em conjunto com órgãos de segurança pública, desferiram um duro golpe contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, no Mato Grosso. A Operação Ágata Oeste, realizada nos dias 10 e 11 de setembro, resultou na destruição de maquinários utilizados pelo crime organizado, somando um prejuízo estimado em R$ 5 milhões. O uso de tecnologia de ponta, como drones termais e satélites, foi decisivo para o sucesso da operação.
O Contexto da Operação Ágata Oeste
A Operação Ágata Oeste faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), uma iniciativa do Governo Federal que visa reforçar a segurança nas áreas de fronteira do Brasil. Esta edição da operação, conduzida pelo Ministério da Defesa, foi planejada com o objetivo de combater crimes transnacionais, incluindo o garimpo ilegal, que afeta gravemente regiões indígenas e ambientais, como a Terra Indígena Sararé.
Com a participação da Marinha, Exército, Força Aérea, e diversos órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal e o Ibama, a Ágata Oeste reuniu um contingente significativo, utilizando 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas. O trabalho conjunto permitiu a mobilização rápida e eficiente de tropas e equipamentos para incursões em áreas de difícil acesso no oeste do Mato Grosso.
Tecnologia e Inteligência na Ação

Um dos grandes diferenciais da Operação Ágata Oeste foi o uso da tecnologia para mapear e monitorar as atividades ilegais na região. O satélite do Projeto Lessonia desempenhou um papel crucial, fornecendo imagens em alta resolução que auxiliaram no planejamento das incursões. Além disso, drones termais foram usados pelos fuzileiros navais da Marinha do Brasil, possibilitando uma vigilância constante e precisa das áreas de exploração.
A operação também contou com a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) Hermes RQ-900, da Força Aérea Brasileira, que sobrevoou a Terra Indígena Sararé e transmitiu informações em tempo real para as equipes de campo. Com essas ferramentas, as Forças Armadas puderam realizar uma ação coordenada e eficiente, minimizando os riscos para os agentes e maximizando os danos ao crime organizado.
Impactos Ambientais e Sociais do Garimpo Ilegal
O garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé tem causado um impacto devastador tanto para o meio ambiente quanto para as comunidades indígenas. Durante a operação, foi confirmado que 1.320 hectares da TI já haviam sido desmatados, sendo 570 hectares apenas entre janeiro e julho de 2024. A extração ilegal de ouro não só destrói a floresta, como contamina os rios, afetando diretamente a vida do povo Nambikwara, que habita a região.
A Operação Ágata Oeste conseguiu não apenas desmantelar o garimpo ilegal, mas também gerar informações cruciais para futuros esforços de preservação ambiental. Com o apoio de imagens de satélite e o monitoramento contínuo, as autoridades agora têm uma visão mais clara do que precisa ser feito para evitar que novos focos de exploração se instalem na TI Sararé.
A ação conjunta das Forças Armadas, órgãos de segurança pública e agências ambientais representa um avanço significativo no combate ao garimpo ilegal no Brasil. No entanto, o desafio de proteger as terras indígenas e manter a integridade ambiental da região persiste, exigindo um esforço contínuo de fiscalização e a implementação de políticas públicas eficazes para a defesa desses territórios.
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