Operação Ágata Amazônia prende garimpeiros e apreende dragas

Polícia Federal durante operação em cenário rural.
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A bordo do Navio-Patrulha Fluvial “Rondônia”, militares navegaram por águas turvas do rio próximo a Tefé-AM até flagrar a ação de garimpeiros ilegais. O resultado: dois presos, duas dragas apreendidas, armamento e mercúrio retirados de circulação. A Operação Ágata Amazônia, que emprega mais de mil militares, continua sua missão de proteger a Amazônia e coibir crimes ambientais.

Atuação técnica das Forças Armadas e uso de meios fluviais na Operação Ágata Amazônia

Fiscalização ambiental com grupo em barco na floresta.

A ação foi coordenada pelo Comando Conjunto APOENA, utilizando os Navios-Patrulha Fluvial “Rondônia” e “Raposo Tavares”, meios navais projetados especificamente para a atuação em regiões ribeirinhas. Esses navios permitem uma navegação eficiente nos rios amazônicos, possibilitando abordagens rápidas e eficazes em áreas de difícil acesso. O Grupo de Resposta a Ameaças Assimétricas (GRAA), embarcado no “Raposo Tavares”, foi decisivo no apoio à operação, demonstrando a capacidade de mobilização e interoperabilidade das Forças Armadas com agências civis como a Polícia Federal e o ICMBio.

Dois rifles e cartuchos sobre metal enferrujado.

Além da apreensão de duas dragas, a operação retirou de circulação duas armas de fogo e uma quantidade significativa de mercúrio, utilizado na separação do ouro nos processos ilegais de garimpo. Esse tipo de material representa um risco extremo à saúde humana e à fauna aquática da região.

Impactos sociais e ambientais do garimpo ilegal nas comunidades ribeirinhas e indígenas

Embarcação para mineração ilegal no rio cercada por floresta.

O garimpo ilegal é uma das atividades mais destrutivas para os ecossistemas amazônicos. Além do desmatamento e da contaminação dos rios, ele afeta diretamente a qualidade de vida das comunidades ribeirinhas e indígenas, que dependem das águas limpas para sua subsistência. A presença de mercúrio nos rios compromete a pesca e gera sérios problemas de saúde, como intoxicações e doenças neurológicas.

Essas populações frequentemente sofrem com a presença de grupos armados e com a degradação ambiental, sendo privadas de seus modos de vida tradicionais. A Operação Ágata Amazônia, ao promover a segurança e a legalidade, contribui para a proteção dos direitos dessas comunidades, reforçando a presença do Estado onde muitas vezes impera o abandono institucional.

Importância estratégica da Operação Ágata Amazônia na soberania nacional e proteção ambiental

A Operação Ágata Amazônia é uma iniciativa estratégica do Ministério da Defesa, autorizada pela portaria GM-MD n.º 535/2025. Com a atuação de aproximadamente 1.100 militares cobrindo uma área de 510 mil km² no Amazonas, a operação fortalece a soberania nacional e combate os crimes transfronteiriços e ambientais, como o tráfico de drogas, armas e o garimpo ilegal.

O nome do comando, “Apoena”, de origem tupi-guarani, significa “aquele que vê mais longe”, simbolizando a visão estratégica do Estado brasileiro na Amazônia. Além da repressão a ilícitos, a operação promove ações de cidadania com atendimentos médicos, odontológicos e sociais às populações mais isoladas da floresta, reafirmando o compromisso das Forças Armadas com a defesa da vida e do meio ambiente.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).