Nos últimos dias de abril de 1945, as tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) executaram uma das manobras mais audaciosas e decisivas da Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Sob a liderança competente do III Grupo da FEB, conhecido como “Grupo Souza Carvalho”, o cerco em Collecchio-Fornovo não apenas demarcou um ponto de virada no teatro europeu, mas também solidificou o legado do Brasil no conflito global.
A Estratégica Manobra de Collecchio-Fornovo
Na madrugada de 28 de abril de 1945, o tenente-coronel Souza Carvalho, comandante do III Grupo da FEB, recebeu a ordem crucial de enviar uma bateria para apoiar o I Batalhão do 6° Regimento de Infantaria (RI) contra as tropas alemãs que recuavam para o norte. Com o deslocamento habilmente executado pela 2ª Bateria sob o comando do Capitão Valmiki Erichsen, as forças brasileiras alcançaram Collecchio, preparando-se para um confronto iminente.
A Batalha e a Rendição
As tropas do 6º RI, lideradas pelo coronel Nelson de Mello, avançaram com determinação apesar da resistência feroz. As condições do terreno e a dificuldade de comunicação não impediram que os brasileiros exercessem uma pressão ininterrupta sobre o inimigo. Na noite de 29 de abril, após intensos combates e estratégicas negociações, um total de 16.000 soldados alemães e italianos rendeu-se às forças brasileiras, marcando uma das maiores capitulações de tropas do Eixo na Itália.
Impacto e Reconhecimento
Este evento não só demonstrou a eficácia e bravura das forças brasileiras em campo, mas também garantiu ao Brasil um papel significativo nos esforços aliados na Europa. A manobra de Collecchio-Fornovo é celebrada como um exemplo do espírito combativo e da competência militar brasileira, com o Marechal Mascarenhas de Moraes destacando o desempenho excepcional das tropas, comparáveis às mais experientes divisões aliadas.