O governo de Minas Gerais recentemente vendeu as ações que possuía na Helibras, empresa que é líder no mercado de helicópteros no Brasil. Essa venda pode ter consequências negativas para a base industrial da defesa brasileira e para a economia do estado de Minas Gerais.

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A Helibras é uma empresa estratégica para a defesa do país, pois é responsável pela produção de diversos modelos de helicópteros utilizados pelas forças armadas brasileiras, além de prestar serviços de manutenção e modernização dessas aeronaves. Com a venda das ações, o controle acionário da empresa passou a ser majoritariamente estrangeiro, o que pode comprometer a soberania nacional em relação à produção de equipamentos militares.

Além disso, a Helibras é uma importante fonte de empregos no estado de Minas Gerais, onde possui uma fábrica em Itajubá. Com a venda das ações, há o risco de a empresa ser transferida para outro estado ou até mesmo deixar o país, o que poderia gerar um grande impacto negativo na economia local e na vida dos trabalhadores que dependem da empresa para sustentar suas famílias.

De acordo com o governo de Minas Gerais a venda das ações foi uma recomendação administrativa do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Se existia uma recomendação do TCE sobre a venda desse ativo e o governo do estado tem uma dívida alta com a União, ela poderia ter sido usada para abatimento da dívida com o BNDES. Assim a Helibrás continuaria com controle acionário nacional e o estado teria redução da dívida e manteria os empregos na região.

A venda das ações da Helibras pelo governo de Minas Gerais é uma decisão questionável, que pode ter consequências graves para o país e para Minas Gerais. É importante que o governo avalie cuidadosamente os impactos de suas decisões sobre Base Industrial de Defesa e sobre a economia local, a fim de garantir a segurança nacional e a manutenção dos empregos.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).