A gestão de Carlos Henrique Seixas à frente da Nuclep, nomeado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, transformou a empresa, outrora à beira da falência, em uma referência em gestão pública. O dirigente e sua equipe trabalharam intensivamente na recuperação financeira e comercial da Nuclep, lutando contra o processo de privatização e garantindo a continuidade de seu papel estratégico na defesa nacional e tecnologia nuclear.

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Responsabilidade geopolítica e expertise em defesa e tecnologia

A presença de um militar da Marinha do Brasil na presidência da Nuclep tem sido fundamental para o trabalho conjunto na construção do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). A união de forças entre a Marinha e o governo, desde o início do Programa de Submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil, tem sido crucial para alcançar esse objetivo. Com a construção do submarino, o país se tornará a sexta nação com um submarino de propulsão nuclear, fortalecendo a posição do Brasil no cenário geopolítico mundial e demonstrando a capacidade de desenvolvimento tecnológico nacional.

A Nuclep é uma empresa com enorme responsabilidade geopolítica regional, posição que exige uma gestão experiente e com conhecimentos específicos em segredos de Tecnologia e de Defesa. A continuidade de Seixas, um Almirante, para manter o projeto na empresa é uma decisão técnica, garantindo a manutenção do sigilo absoluto e o alinhamento às diretrizes do Programa de Submarinos e do Programa Nuclear da Marinha do Brasil.

O Programa de Submarinos da Marinha do Brasil e a construção do submarino nuclear

O Programa de Submarinos da Marinha do Brasil, lançado pelo presidente Lula, previa a construção de quatro submarinos convencionais e um Submarino de Propulsão Nuclear. A construção do submarino nuclear é um marco histórico, pois posicionará o Brasil entre as seis nações do mundo com equipamento de defesa dessa magnitude e tecnologia. A Nuclep tem sido essencial nesse processo, trabalhando em conjunto com a Marinha na construção do submarino e contribuindo para o desenvolvimento nacional no setor.

Conquistas e desafios da Nuclep no cenário nacional

Apesar das conquistas alcançadas, a Nuclep enfrentou desafios durante o governo do ex-presidente Bolsonaro, quando foi incluída no Programa Nacional de Desestatização. Essa medida gerou debates sobre a privatização da empresa responsável pelo Programa Nuclear Brasileiro. Carlos Henrique Seixas defendeu a importância da Nuclep perante a Câmara dos Deputados, destacando a atuação da empresa no ProSub, na produção de torres de energia e como a maior caldeiraria pesada do Brasil.

Seixas também ressaltou a importância dos funcionários da Nuclep e do investimento na qualificação da mão de obra para a manutenção dos equipamentos estratégicos fabricados pela empresa, como os das usinas nucleares de Angra dos Reis. Ele reiterou que o submarino de propulsão nuclear brasileiro é um desenvolvimento nacional, envolvendo muitos segredos e informações classificadas, e afirmou que a Nuclep é a única companhia no país capaz de construir equipamentos nucleares.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).