Divulgação. Equipe.

Realizar vistorias e inspeções de embarcações de grande porte de uma forma mais inteligente e inovadora. Este é o trabalho que já está sendo realizado pela Norsul em conjunto com a Geosaker, startup de logística que desenvolveu uma nova metodologia de vistoria, reunindo tecnologia 4.0 e a Internet das Coisas (IoT).

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“A Norsul já estava trabalhando com foco nas inovações tecnológicas e na IoT e no que essas novas dinâmicas podem proporcionar em termos de agilidade, redução de custos e ganhos de eficiência em diferentes áreas da nossa companhia. Nos últimos tempos, avançamos ainda mais com a presença do time técnico da Geosaker” diz Leonardo Brum, engenheiro e gerente executivo operacional da Norsul.

Fruto da parceria entre a Geosaker e a Norsul, a empreitada nasceu em 2019. “Com o objetivo de atender a uma necessidade específica da Norsul, começamos a empregar inicialmente drones para inspeções de cascos, unindo a isso à gestão eficiente de dados. Realizamos mais testes, e fomos adicionando outras etapas e soluções ao nosso método como veículos submarinos remotos (ROVs)”, contextualiza Júlio Hermes, CEO e diretor de ativos da Geosaker.

A experiência deu tão certo, que, juntas as empresas desenvolveram uma metodologia completa para inspeção de embarcações. “Nosso método captura dados de forma integrada e de maneira mais eficiente utilizando informações por meio de inteligência artificial e da tecnologia 4.0. Ainda, usa realidade virtual e mista para promover o compartilhamento de informações a distância em transmissões ao vivo e interações on-line e on-time”, complementa Hermes.

No que diz respeito às vantagens da nova metodologia, um dos destaques fica por conta do uso otimizado de recursos que, antes, pelo processo de inspeção de casco tradicional, eram mais onerosos. Outro ponto positivo é a segurança, uma vez que os riscos das operações de mergulho para observação da estrutura submersa eram maiores antes da adoção da nova metodologia. “A utilização dos drones e de veículos submarinos remotos (ROVs) reduz custos em operações complexas de mergulho ao mar e garante mais segurança aos mergulhadores, que passam a realizar essas explorações já tendo análises mais apuradas dos reparos a serem feitos”, pontua Leonardo Brum da Norsul.

Engana-se quem pensa que o emprego do combo inovação + tecnologia + indústria das coisas + IoT aplicado ao segmento naval traz apenas ganhos para as empresas. “No caso da Norsul, por exemplo, o desenvolvimento e a adoção das inspeções inteligentes e mediadas pela tecnologia se deram, entre outras coisas, pelo esforço que temos feito na redução do uso de combustível por nossas embarcações. Com os drones subaquáticos, conseguimos monitorar de forma mais apurada o acúmulo de incrustações que aumentam o uso de combustível e a redução da capacidade de transporte de carga das nossas embarcações”, complementa Leonardo Brum.

Visor do drone.
Visão do monitor do Drone
Drone na agua.
Drone na água

Como funcionam as inspeções?

A bordo da embarcação, um técnico piloto de ROV guia o drone submarino em sua jornada de inspeção para a captação de imagens do casco e outros elementos submersos. A tripulação da embarcação responsável pelas inspeções pode participar ativamente da observação da estrutura por meio de um simples smartphone. O processo pode ainda ser acompanhado por meio de óculos de realidade mista (que oferece imagens virtuais, mas permite ao usuário a visão do entorno). A distância, com transmissão ao vivo e on-time, gestores da Norsul e técnicos da Geosaker podem participar das inspeções e análises de rotina.

De cima, drones aéreos são responsáveis pela captação de imagens, que podem ser tanto destinadas a inspeções com finalidade regulatória ou de rotina.

Para o caso de monitoramento de rotina, há ainda a possibilidade da instalação de câmeras na estrutura da embarcação para gestão constante de ativos e outros tipos de monitoramento, como o de uso de EPI’s e detecção de comportamentos de risco por parte de colaboradores às operações, ao meio ambiente, à população etc.

As informações, oriundas das inspeções ou de rotina, são reunidas, armazenadas e processadas pelo app Geosaker, que elabora análises e relatórios. O app atua ainda na emissão de alertas imediatos à tripulação em casos de não conformidades e do não cumprimento de normas e regulamentos a bordo.

Norsul e Geosaker: na vanguarda da indústria 4.0

Em um momento em que a demanda por processos virtuais aumenta, a Norsul e a Geosaker fazem história. Juntas, criaram soluções que são não só capazes de reduzir custos, incrementar operações, como possibilitam o estabelecimento de novas relações comerciais e profissionais, a distância, porém conectadas, dentro do segmento naval,

Para o especialista em óleo e gás e professor da Fundação Dom Cabral, Cláudio Makarovsky, as duas empresas estão de fato alinhadas às tendências globais mais atuais para o futuro da indústria, economia e, até, da sociedade. “Norsul e Geosaker investem em inovação, na utilização de tecnologia mobile, inteligência artificial e conectividade para redescobrir novos meios de fazer as coisas. O que juntas têm empregado no segmento naval está afinado ao que é empregado por gigantes do mercado mundial e de acordo com o que há de mais moderno em prol da produtividade das empresas, mas, também, a favor de um mundo sustentável e socialmente responsável”, finaliza Makarovsky.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).