NHo “Cruzeiro do Sul” recebe visitantes nos dias 10 e 11 em Maceió

Navio no mar com Pão de Açúcar ao fundo.
Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

O Navio Hidroceanográfico “Cruzeiro do Sul”, da Marinha do Brasil, está atracado no Porto de Maceió e abrirá suas portas ao público nos dias 10 e 11 de maio, das 14h às 17h30. A visitação é gratuita e oferece aos alagoanos uma rara oportunidade de conhecer de perto uma embarcação científica de última geração. Além de contribuir para a ciência e segurança da navegação, o navio também será ponto de arrecadação voluntária de alimentos.

A missão científica do “Cruzeiro do Sul” e seu papel estratégico

Navio de pesquisa no oceano, equipagem visível.

O NHo “Cruzeiro do Sul” cumpre, até 16 de maio, a Comissão Costa Nordeste (Outono), uma missão voltada à coleta de dados físico-químicos da água do mar em apoio ao Plano de Coleta de Dados Oceanográficos da Marinha. Ao longo da operação, o navio já realizou 84 estações oceanográficas nos litorais de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Esses dados são cruciais para a segurança da navegação, apoio às operações navais e para o desenvolvimento de estudos ambientais e climáticos.

O navio também se prepara para uma missão internacional: a Comissão de Apoio à Marinha Nacional de Camarões, com previsão de atracação em Douala entre os dias 16 e 23 de junho. A viagem não apenas fortalece laços diplomáticos, mas permite que a Marinha do Brasil compartilhe conhecimento técnico nas áreas de hidrografia, oceanografia e meteorologia com nações amigas, consolidando seu papel como força estratégica e científica no Atlântico Sul.

Marinha, educação e solidariedade: o valor das visitas públicas

A visitação gratuita ao NHo “Cruzeiro do Sul” representa mais do que um passeio — é uma oportunidade de educação, integração e civismo. Crianças, jovens e adultos terão a chance de conhecer os interiores de um navio científico, conversar com os militares e entender como o mar é uma fronteira viva que exige monitoramento constante, tecnologia e formação especializada. A presença da Marinha em portos civis é uma forma eficaz de estreitar os laços com a população e despertar vocações para a carreira naval.

A ação também tem caráter solidário: quem desejar poderá levar um quilo de alimento não perecível para doação, mostrando como a Defesa pode atuar de forma sensível e engajada com as demandas sociais locais. Em tempos de distanciamento entre instituições e sociedade, iniciativas como essa reforçam o papel cidadão e educativo das Forças Armadas, especialmente em regiões onde o contato com a estrutura militar é menos frequente.

Ciência no mar: como o Brasil projeta poder e conhecimento pela costa

Ao investir em navios hidroceanográficos como o “Cruzeiro do Sul”, a Marinha do Brasil não apenas fortalece suas capacidades operacionais, mas assume um papel relevante na produção de conhecimento científico e na proteção ambiental do litoral brasileiro. O apoio a programas como o PNBOIA, que prevê o lançamento de uma boia-ondógrafo na região de Abrolhos após o retorno da missão africana, é um exemplo claro de como a Defesa atua na interseção entre soberania e ciência.

Essas operações reforçam o conceito de Amazônia Azul — a área marítima sob jurisdição brasileira — como espaço estratégico que deve ser vigiado, pesquisado e protegido. A atuação do “Cruzeiro do Sul” é uma demonstração prática de como a Marinha une projeção de poder, cooperação internacional e ciência aplicada, levando o nome do Brasil a portos estrangeiros e a comunidades costeiras nacionais.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui