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No coração da Amazônia, onde os rios serpenteiam entre florestas densas e comunidades isoladas, o Navio-Patrulha “Pampeiro” se destaca como um verdadeiro guardião. Sua missão vai além da defesa; ele fiscaliza, protege o meio ambiente e assegura a presença do Estado brasileiro em áreas remotas. Com anos de história e dedicação, o “Pampeiro” continua a ser uma peça-chave na soberania nacional e na salvaguarda da vida ribeirinha.
História e Construção do Navio-Patrulha “Pampeiro”
O Navio-Patrulha “Pampeiro” (P12), o segundo a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, foi construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), na icônica Ilha das Cobras. Seu projeto seguiu o modelo da classe Cape, originalmente desenvolvido pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, adaptado para atender às demandas do Brasil. A quilha do “Pampeiro” foi batida em 23 de outubro de 1968, e o navio foi lançado ao mar em 15 de julho de 1970. A construção foi viabilizada por fundos do Foreign Military Sales, um programa de cooperação militar internacional que permitiu à Marinha Brasileira equipar-se com um meio robusto e versátil. Em 4 de junho de 1971, o “Pampeiro” estava pronto para sua missão, sendo oficialmente incorporado à Marinha do Brasil em 16 de junho de 1971, após a mostra de armamento.
Com mais de cinco décadas de serviço, o “Pampeiro” mantém um legado de resiliência e prontidão. A escolha do nome não é por acaso — ele homenageia o vento forte e persistente que sopra nos Pampas gaúchos, representando o espírito de perseverança e vigilância que o navio transmite em suas missões.
Patrulhamento e Atuação no 4º Distrito Naval
Subordinado ao Grupamento de Patrulha Naval do Norte, do Comando do 4º Distrito Naval, o “Pampeiro” desempenha um papel estratégico nas patrulhas navais da região amazônica. A partir da Base Naval de Val de Cães, em Belém do Pará, o navio opera em áreas ribeirinhas de difícil acesso, garantindo o cumprimento das leis brasileiras e a salvaguarda da vida humana nos rios.
Sua atuação é crucial para a prevenção de crimes ambientais, especialmente no combate à pesca ilegal, exploração de recursos naturais sem licenciamento e controle da poluição hídrica. O “Pampeiro” também desempenha um papel vital na segurança dos rios, patrulhando extensas áreas para coibir o tráfico de drogas e armas, além de outros ilícitos. A presença constante do navio nesses ambientes complexos reforça a soberania do Brasil sobre a vasta região amazônica, um território de importância estratégica não só para o país, mas para o mundo.
Impacto nas Comunidades Ribeirinhas e Preservação Ambiental
Além de sua função militar e de fiscalização, o Navio-Patrulha “Pampeiro” tem um impacto significativo nas comunidades ribeirinhas da Amazônia. Operando em regiões onde a presença do Estado é rara, ele leva assistência e proteção a milhares de pessoas que vivem isoladas, distantes dos grandes centros urbanos. Em muitas ocasiões, o navio realiza ações de apoio social, transportando equipes médicas, oferecendo atendimento básico de saúde e levando suprimentos para essas comunidades.
No campo ambiental, o “Pampeiro” se destaca como um importante aliado na preservação dos rios e florestas amazônicas. Sua atuação em prol do combate à poluição hídrica e à exploração ilegal de recursos naturais é fundamental para a manutenção do ecossistema local. O combate a crimes ambientais, como o desmatamento ilegal e a extração clandestina de madeira, é uma das prioridades do navio. A tripulação, treinada e dedicada, desempenha um papel ativo na fiscalização e na preservação ambiental, zelando pelo equilíbrio da região.
A cada missão, o “Pampeiro” reafirma seu compromisso com a defesa dos interesses nacionais e com o bem-estar das populações amazônicas. Ele é mais do que um navio militar: é um símbolo de esperança, segurança e presença do Estado em uma das regiões mais desafiadoras e importantes do planeta.
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