Náufragos da embarcação "Bom Jesus" resgatados por aeronave da Marinha
Por Agência Marinha de Notícias – Brasília, DF
“Estou desempregado. Saí de Santarém para fazer essa viagem. Durante a viagem pegamos um  temporal e a embarcação pegou fogo na parte da cozinha. E nós começamos a jogar a embarcação para ver se encontramos uma praia, onde ficamos 17 dias. Com a força de Deus e com a Marinha do Brasil conseguimos sair através de uma boia, quando escrevemos um bilhete e fomos achados. Amém”. Esse foi o relato emocionado de um dos seis tripulantes resgatados hoje pela Marinha do Brasil, logo após pisar as terras firmes da capital do Pará.
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Jeferson Marcos dos Santos e outros cinco tripulantes da embarcação “Bom Jesus” partiram de Santarém (PA), no dia 24 de março, com destino ao município de Chaves (PA), quando foram surpreendidos por um temporal e depois por um incêndio na cozinha. Tentando superar as adversidades do tempo, procuraram levar a embarcação para alguma praia e aguardar um tempo mais favorável, até que perceberam que um incêndio se alastrava na cozinha da embarcação, o que acabou causando o naufrágio do barco na Ilha das Flechas (PA), a cerca de 150 km da capital Belém.
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Eles passaram 17 dias na ilha, usando alimentos que estavam no barco, além de água da chuva, até que dois dos náufragos, Joelson Silva da Costa e o próprio Jeferson, que têm formação em auxiliar de máquinas, tiveram a ideia de colocar as informações sobre o seu paradeiro em um bilhete dentro de uma garrafa, amarram-na em uma boia e a jogaram ao mar. Por sorte, pescadores que estavam na região costeira da ilha encontraram o bilhete escrito pelos dois indicando o local do naufrágio e alertaram as autoridades locais.
Ao ser questionado sobre a ideia de escrever um bilhete na boia, Jeferson afirmou que “aprendeu essa tática em um curso que fez na Marinha, onde foi dito que em casos como esses podia se escrever um bilhete, colocá-lo em uma garrafa e amarrá-lo em uma boia, colocando no mar”.
Em conjunto com órgão estaduais, a Marinha do Brasil (MB) participou do resgate, nesta quarta-feira. Eles foram trazidos para Belém (PA) em um helicóptero Super Cougar, da MB. Na aeronave, eles foram imediatamente atendidos pelos militares, que prestaram os primeiros socorros. Apesar de estarem em bom estado geral de saúde, quando chegaram em Belém, por volta de 18h40, foram encaminhados em ambulância do SAMU para a Unidade de Pronto Atendimento, no bairro de Sacramenta, para novas análises médicas.
Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).