Em uma data simbolicamente poderosa, o 7° dia de Pessach, conhecido pela passagem dos Hebreus pelo Mar Vermelho, o Comando Logístico do Exército Brasileiro (COLOG) escolheu a empresa israelense Elbit Systems como a vencedora de uma concorrência internacional para o fornecimento de 36 Obuseiros Autopropulsados de 155mm. Este anúncio não só ressoa com o tema de superação e avanço presente na festividade judaica, mas também reforça a modernização das forças armadas brasileiras.
Detalhes da aquisição e parcerias estratégicas
A decisão de adquirir o sistema ATMOS (Autonomous Truck Mounted Howitzer System) foi baseada em vários critérios, incluindo a robusta presença da Elbit no Brasil através de suas subsidiárias AEL Sistemas e ARES Aeroespacial. Essa escolha não apenas garante o fornecimento de uma tecnologia avançada em artilharia montada sobre rodas, que pode ser transportada pela aeronave KC-390 Millennium da EMBRAER, mas também fortalece a indústria de defesa nacional com acordos de transferência de tecnologia e geração de empregos.
Produção local e impacto na indústria
Um aspecto crucial do contrato com a Elbit é a produção local de componentes e munições, o que será realizado em parceria com a Fábrica da IMBEL em Juiz de Fora. Essa estratégia não só potencializa o setor de defesa como abre possibilidades para futuras exportações, consolidando o Brasil como um player significativo na indústria de defesa da América Latina.
Ecos históricos e modernidade
A escolha da data para o anúncio vincula a modernização da Artilharia Brasileira à herança histórica do Marechal Émile Louis Mallet, patrono da Artilharia Brasileira e herói da Guerra do Paraguai. Lembrado por suas palavras durante a batalha de Tuiuty, “Eles que venham! Por aqui não passam!”, Mallet simboliza o espírito de resistência e inovação que continua a inspirar as forças armadas brasileiras.
Uma janela tecnológica se abre
O Projeto ATMOS marca um avanço significativo para a Artilharia Brasileira, posicionando-a como a mais avançada da América Latina. Este desenvolvimento não só melhora a capacidade defensiva do Brasil, mas também reforça seu compromisso com a inovação e a colaboração internacional na indústria de defesa. À medida que o Brasil abre essa “janela tecnológica”, reafirma sua posição no cenário global, pronta para enfrentar desafios futuros com tecnologia de ponta e capacidade estratégica ampliada.