Missão UNIFIL: Brasil pronto para atuar no sul do Líbano

Soldados em frente à Brigada Canarias, Espanha.
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A preparação do 22º Contingente Brasileiro para a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) foi concluída com êxito na Espanha. A Brigada Líbano XLIII (BRILIB XLIII), composta por oficiais e praças do Exército Brasileiro, passou por provas práticas e exercícios complexos, como o Exercício Cedro, que simulam cenários reais da missão de paz.

Capacitação e interoperabilidade técnica

Soldados treinando tiro com capacetes azuis, chão escuro.

O treinamento dos militares brasileiros foi marcado por um rigoroso processo de nivelamento operacional junto à Brigada Canárias XVI, unidade do Exército de Terra da Espanha. Durante o Exercício Cedro, os participantes foram avaliados em situações de alto realismo, como patrulhas em ambientes urbanos, controle de distúrbios civis, mediação de conflitos e reação a ataques assimétricos.

Além disso, os integrantes do XXII CONTBRAS/UNIFIL realizaram práticas de tiro com armamentos espanhóis, incluindo o fuzil HK G36 e a metralhadora MG-3. A interação com doutrinas estrangeiras reforça a interoperabilidade militar e a capacidade da tropa de atuar de forma coordenada com outras forças multinacionais.

O impacto social e diplomático da participação brasileira

A presença contínua do Brasil na Missão UNIFIL consolida sua imagem como ator relevante nas operações de paz. Desde 2014, o país demonstra compromisso com os princípios da Carta das Nações Unidas, contribuindo para a estabilidade regional no Oriente Médio e fortalecendo a diplomacia de Defesa brasileira.

A atuação em missões como a UNIFIL permite que o Brasil projete soft power militar, ao mesmo tempo em que reforça laços com aliados estratégicos e amplia o prestígio de suas Forças Armadas. Essa projeção é vista como essencial para a inserção internacional do país em temas de segurança global.

Histórico da participação brasileira na UNIFIL

O Brasil iniciou sua participação na UNIFIL em 2014, inicialmente no comando da Força-Tarefa Marítima (FTM), e posteriormente com o envio de contingentes terrestres. Desde então, a presença brasileira no sul do Líbano tem sido constante, com militares atuando em áreas como operações, inteligência, logística, comando e controle, além de assuntos civis.

A cada novo contingente, o Exército Brasileiro reforça sua expertise em operações de manutenção da paz. A participação na UNIFIL representa um importante laboratório de aplicação prática da doutrina de paz da ONU, preparando os militares para contextos complexos e geopolíticos de alta sensibilidade.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).