A demanda por respiradores mecânicos aumentou substancialmente com o surto da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. Para incrementar a disponibilidade dos aparelhos nos hospitais, a Força Aérea Brasileira (FAB) realiza o transporte dos equipamentos que necessitam de manutenção para pontos de assistência coordenados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). O SENAI começou, de forma voluntária e gratuita, a consertar ventiladores mecânicos que estavam quebrados em vários estados.

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Além de dez unidades do SENAI, 15 pontos de reparo estão em plantas de empresas que se uniram para realizar a manutenção de respiradores mecânicos inutilizados, a fim de ajudar no tratamento de pacientes da COVID-19. Os pontos estão em 13 estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), os defeitos apresentados são variados, como necessidade de limpeza, calibração, verificação de peças plásticas ressecadas, mangueiras ou conexões, mas o principal problema costuma ser com a bateria do equipamento. A meta é devolver os respiradores para uso em até uma semana, e que esse tempo diminua de acordo com a experiência obtida no processo. Contudo, há casos mais complexos, como explica o Gerente de Inovação e Tecnologia do SENAI-MG, André Zanatta. “Existem problemas que envolvem placas de circuito eletrônicos, que dependem de importação, algumas vezes o equipamento nem é mais fabricado, então a reparação vai depender de um trabalho caso a caso”, disse.

Para realizar o serviço, o SENAI conta com engenheiros mecânicos, eletricistas e de automação, além de técnicos com conhecimento em equipamentos eletroeletrônicos, que estão unindo esforços com empresas que já faziam esse tipo de manutenção. O Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) em Belo Horizonte foi escolhido por já trabalhar com tecnologia e inovação, sendo um dos primeiros institutos contatados pelo Departamento Nacional do SENAI para fazer parte dessa missão. O serviço é feito de forma voluntária, assim como a mobilização para arcar com os gastos de componentes.

Em reunião envolvendo o Conselho da Indústria de Defesa e Segurança (Condefesa) e o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, ficou definido que a FAB transportaria sem custos até um ponto de manutenção os ventiladores de cidades que não teriam infraestrutura para fazer o conserto. Na missão da segunda-feira (6), 18 respiradores oriundos de Brasília (DF) e Macapá (AP) foram transportados para conserto em Belo Horizonte (MG).

Além do conserto de ventiladores mecânicos, o CIT SENAI está produzindo 3 mil litros de álcool em gel 70% em parceria com o Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A produção do álcool já foi iniciada e distribuída para hospitais públicos, asilos ou creches que necessitem do material. Além disso, máscaras estão sendo produzidas pelo SENAI Modatec para distribuição, em Belo Horizonte. No interior do Estado, unidades também têm se organizado para contribuir neste momento.

Por Tenente Felipe Bueno

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).