Ministério da Defesa define tecnologias críticas para soberania

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Em um mundo onde a tecnologia define o poder das nações, o Brasil dá um passo decisivo para fortalecer sua soberania. Com a publicação da Portaria GM/MD nº 840, o Ministério da Defesa estabelece um marco na inovação militar, priorizando tecnologias críticas para a segurança nacional. A medida reforça a Base Industrial de Defesa (BID) e direciona investimentos para áreas estratégicas que garantirão a autonomia tecnológica do país.

O impacto da Portaria GM/MD nº 840 na Defesa Nacional

A publicação da Portaria GM/MD nº 840 reflete um movimento estratégico do Brasil para fortalecer sua capacidade de defesa por meio da inovação tecnológica. A autonomia nesse setor é essencial para garantir que o país não dependa de soluções estrangeiras em áreas sensíveis, reduzindo vulnerabilidades e assegurando maior controle sobre seus sistemas de segurança.

Entre as principais tecnologias priorizadas estão a criptografia pós-quântica, fundamental para proteger comunicações e dados militares contra ameaças cibernéticas avançadas, sensores de alta precisão para monitoramento submarino e materiais avançados com aplicações em blindagem e durabilidade de equipamentos militares. Essas áreas representam não apenas uma necessidade operacional, mas também uma oportunidade para que o Brasil se posicione na vanguarda tecnológica.

Com essa diretriz, a Base Industrial de Defesa (BID) terá um papel ainda mais relevante no desenvolvimento de soluções inovadoras. Empresas e instituições que atuam no setor poderão direcionar seus esforços para atender às demandas estratégicas das Forças Armadas, promovendo o crescimento da indústria nacional e aumentando sua competitividade global.

O papel da indústria e da pesquisa na inovação militar

O avanço tecnológico na área de defesa não ocorre de forma isolada. Ele depende de uma forte cooperação entre o setor privado, a academia e as Forças Armadas. Nesse contexto, o Cluster Tecnológico Naval se destaca como um potencial protagonista, reunindo empresas especializadas em soluções para o setor marítimo e de defesa.

A atuação do Cluster pode acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias de uso dual, ou seja, aquelas que atendem tanto a necessidades militares quanto civis. Sensores de monitoramento marítimo, sistemas autônomos e materiais avançados são exemplos de inovações que podem ter impacto direto na segurança nacional e também em setores como petróleo e gás, transporte e monitoramento ambiental.

Além disso, a portaria cria um ambiente favorável para novos investimentos na BID, abrindo oportunidades para startups e empresas inovadoras. A aproximação entre institutos de pesquisa e o setor produtivo pode gerar soluções de alto valor agregado, tornando o Brasil menos dependente de importações tecnológicas e mais competitivo no mercado internacional.

Tendências globais e a posição do Brasil na tecnologia de defesa

O cenário global demonstra que nações com forte capacidade tecnológica possuem vantagens estratégicas significativas. Países como Estados Unidos, China e França investem continuamente no desenvolvimento de tecnologias críticas para defesa, garantindo maior proteção e independência em suas operações militares.

O Brasil, ao estabelecer diretrizes claras por meio da Portaria GM/MD nº 840, alinha-se a essa tendência e reforça seu compromisso com a inovação. No entanto, para que essa estratégia seja bem-sucedida, é fundamental manter um fluxo contínuo de investimentos e atualizar as prioridades tecnológicas conforme novas ameaças e desafios surgem no cenário internacional.

A atualização periódica da lista de tecnologias críticas garantirá que o Brasil acompanhe os avanços globais e possa adaptar-se rapidamente às necessidades operacionais das Forças Armadas. Essa flexibilidade permitirá que o país fortaleça sua soberania, reduza dependências externas e se torne uma referência em inovação para a defesa nacional.

Com essa nova diretriz, o Brasil reafirma seu compromisso com a segurança e a inovação, criando um caminho sólido para o desenvolvimento tecnológico e industrial do setor de defesa.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

2 COMENTÁRIOS

  1. Como brasileiro e cidadão entendo as as Forças Armadas fundamentais parano Brasil não só para garantir a nossa soberania, mas também para fazer-nos respeitar como nação. Para tanto, precisamos que essa Instituição disponha de investimentos maciços, bem geridos e direcionados de forma equivalentes para tecnologia de ponta, estrutura, pesquisas e pessoas. É urgente a reconquista do respeito, da valorização, da confiança e da admiração que que o povo brasileiro sempre nutrio pela a honrada Forcas Armadas Beasileira.

  2. Eles estão deixando a Avibras que e uma empresa sensível para o país com muitas tecnologia.
    Tudo conversa fiada, temos o interesse em comprar em outros países e não reforçamos as nossas empresas, não adquirimos tecnologia internas… Aliás perdemos tecnologia internas…

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