A quarta e última matéria da série em comemoração aos 22 anos do Ministério da Defesa traz para o leitor a continuidade das atividades conjuntas desenvolvidas pelas Forças Armadas no País.

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Sob coordenação do Ministério da Defesa, militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica têm atuado em prol da sociedade por todo o território nacional. De forma integrada, participam de atividades reais, auxiliando o governo brasileiro no combate e na prevenção a ilícitos ambientais, como no caso das Operações “Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida” e “Verde Brasil 1 e 2”. A interoperabilidade das Forças tem sido fundamental na obtenção dos resultados.

Operação Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida
Considerado um dos maiores desastres naturais já registrados no País, o surgimento de manchas de óleo nas praias do Nordeste e do Sudeste exigiu patrulhamento intenso, avaliação constante e emprego de recursos materiais e humanos. Para mitigar os efeitos do óleo, a Marinha uniu esforços ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); às instituições governamentais (federais, estaduais e municipais); às demais Forças, à comunidade científica e universidades; e aos voluntários.

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Ao todo, a Operação empregou 82 Organizações Militares, 12 mil militares das Forças e 4,5 mil agentes de diferentes instituições parceiras, que, junto aos voluntários, atuaram incansavelmente na limpeza das praias, mangues e estuários. A Marinha planejou e executou Força-Tarefa para monitoramento e apoio à destinação dos resíduos oleosos, utilizando para tal 51 meios navais, 24 aeronaves e dezenas de viaturas, para o recolhimento e transporte de cerca de 5 mil toneladas de resíduos.

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Operações Verde Brasil
A primeira Operação Verde Brasil ocorreu de agosto a outubro de 2019, com a presença das Forças Armadas. Em apoio aos órgãos de controle ambiental e sob a coordenação do Ministério da Defesa, militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica participaram das ações de combate às queimadas e de repressão ao desmatamento da floresta e ao garimpo ilegal. O emprego das três Forças para a Garantia da Lei e da Ordem ocorreu por meio do Decreto nº 9.985/2019, alterado pelo Decreto nº 10.022/2019.

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Nos dois meses de Operação, foram combatidos 1.835 focos de incêndio, empregadas 467 viaturas, 37 aeronaves e 159 embarcações. No total, 178 embarcações foram apreendidas e 352 termos de infração foram lavrados, gerando R$ 140 milhões em multas. Participaram das ações, aproximadamente, 10 mil pessoas, entre militares e integrantes de agências municipais, estaduais e federais. As atividades foram executadas por meio de parceria interministerial, contando, ainda, com a participação de servidores do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), das Polícias Federal e Rodoviária, e da Força Nacional.

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Reafirmando o compromisso das Forças Armadas com a sociedade, o Ministério da Defesa, por meio da ativação dos Comandos Conjuntos Amazônia, Norte e Oeste, iniciou, em 11 de maio de 2020, a Operação Verde Brasil 2. Foram 354 dias de atuação ininterrupta de combate a ilícitos ambientais e a focos de incêndio na Amazônia Legal. Ao longo de quase um ano, a presença permanente da Marinha, do Exército e da Aeronáutica possibilitou a redução no desmatamento, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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Coordenadas pelo Grupo Integrado de Proteção da Amazônia (Gipam), a operação Verde Brasil 2 teve resultados expressivos, como a apreensão de 506.136 m³ de madeira, 2.131 embarcações, 751 kg de drogas e 990 veículos diversos e tratores. Houve 105.135 inspeções, patrulhas navais e terrestres, com 16.435 focos de incêndios combatidos. A missão aplicou 5.480 multas, totalizando R$ 3,35 bilhões, o equivalente a cerca de dez vezes mais o valor investido na operação.

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A Verde Brasil 2 empregou efetivo de cerca de 2,5 mil pessoas, entre militares e integrantes do Inpe, do ICMBio, do Serviço Florestal Brasileiro, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Funai, das Polícias Federal e Rodoviária, da Abin e da Agência Nacional de Mineração.

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Fotos: Divulgação Ministério da Defesa
Arte: Matheus Matos

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).