Em um cenário de conflito fictício, missões envolvendo até 40 aeronaves buscam aumentar a interoperabilidade entre Forças Aéreas participantes do Exercício Multinacional Salitre 2022, que ocorre no norte do Chile e é considerado um dos maiores treinamentos aéreos da América do Sul.
Esse é o contexto vivenciado na terceira fase do treinamento de combate aéreo combinado. Nesta etapa, chamada de Live Exercise (LIVEX), as tripulações executam, durante cinco dias, as missões aéreas compostas, chamadas também de COMAO (do inglês Composite Air Operation), que envolvem Esquadrões em diversas ações simultâneas.
Do lado amigo, participam as aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) F-5M e KC-390 Millennium; da Força Aérea do Chile (FACh), F-16, F5 Tigre III e A-29 Super Tucano; e da Força Aérea da Argentina (FAA) IA-63 Pampa III e A-4R Fightinghawk; além de aeronaves chilenas de apoio ao combate FACh C-130 Hercules, KC-135E Stratotanker e helicópteros MH-60M Black Hawk e Bell 412.
Segundo o Major, a missão foi um sucesso. “Atribuo esse resultado também aos pilotos do Esquadrão Pampa e do 1° Grupo de Aviação de Caça (1° GAVCA) que demonstraram alta competência operacional desde o planejamento da missão até a execução do voo”, pontuou.
“O foco é conseguir que todos os países participantes possam atuar de forma conjunta com a mesma doutrina e a mesma filosofia de combate. A cada dia um país diferente será o coordenador da missão, de forma que a gente consiga trocar experiências e conhecimentos”, continuou o Capitão Ticianelli.
Além dos Mission Commander e dos outros pilotos de caça, outra peça fundamental nesse cenário é o pessoal da manutenção das aeronaves. O Suboficial Anderson Medeiros da Silva, do Grupo Logístico da Base Aérea de Santa Cruz (GLOG-SC), ressalta que as missões de COMAO na Salitre tratam-se de um teatro de operações em solo estrangeiro que possui suas próprias adversidades. “De imediato, podemos aperfeiçoar nossa capacidade de pronta-resposta logístico, operacional e de adaptabilidade ao terreno. Segue-se que uma operação desta magnitude, enseja uma excelente oportunidade para uma possível correção de rota em nosso modo de operação, face a troca de experiências com mantenedores de outras forças aéreas, além de integrar ainda mais nossas equipes de manutenção”, diz.
“Soma-se a isso, a alegria de estreitarmos, ainda mais, nossos laços de fraternidade com os povos do Chile e da Argentina, bem como dos Estados Unidos, Canadá, Peru, México e Uruguai, finalizou o Suboficial.
Fotos: FACh e Suboficial Joelson Nery / CECOMSAER