Médicos Sem Fronteiras (MSF) iniciou as atividades de combate à COVID-19 no Brasil. O trabalho começou na cidade de São Paulo, focado em pessoas em situação de rua, migrantes e refugiados, usuários de drogas, idosos e pessoas privadas de liberdade.
Essa população, que já se encontrava em estado de grande vulnerabilidade mesmo antes da chegada da pandemia, enfrenta agora uma situação ainda mais grave.

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A perspectiva é de que o aumento excepcional da demanda geral sobre serviços de saúde intensifique ainda mais as dificuldades de acesso a cuidados de saúde por parte dessa parcela da população. As condições de vida precárias enfrentadas por essas pessoas também dificultam a adoção de medidas de distanciamento social, essenciais para conter o avanço da doença e diminuir sua mortalidade.

As atividades em São Paulo estão sendo realizadas em parceria com outras organizações e com as autoridades locais que já atuam com os grupos vulneráveis que são foco da ação de MSF. O trabalho contempla a realização de consultas médicas em pessoas em situação de rua para detecção de casos suspeitos de COVID-19 e triagem com encaminhamento dos doentes em estado grave para hospitais.

Também são oferecidas orientações de higiene e distanciamento social àqueles com sintomas, para tentar evitar a disseminação do novo coronavírus.
As equipes também vão atuar em albergues e prestarão atendimento em locais da região central de São Paulo por onde circula a população mais vulnerável.

“Estamos trabalhando para oferecer assistência a essas populações, já que a pandemia tende a acentuar a marginalização e exclusão à qual elas já estavam submetidas”, explica a médica Ana Leticia Nery, coordenadora do projeto de Médicos Sem Fronteiras em São Paulo. “Precisamos garantir que os mais vulneráveis sobrevivam a esta crise de saúde sem precedentes”.

Além das ações na rua, em abrigos e asilos, profissionais de MSF estão capacitando trabalhadores da área de saúde sobre utilização de equipamentos de proteção, higiene e procedimentos de distanciamento social. Na semana passada, foi realizado um treinamento para cerca de 200 funcionários da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente).

Paralelamente à atuação em São Paulo, MSF está se preparando para iniciar atividades relacionadas à pandemia de COVID-19 no Rio de janeiro, também com foco na população mais vulnerável.

E na capital do Estado de Roraima, Boa Vista, estamos adaptando as ações de nosso projeto para colaborar com os esforços de combate à doença. Estamos presentes na cidade desde o final de 2018 com ações de reforço ao sistema de saúde local em função do aumento da presença de migrantes e refugiados venezuelanos na cidade. Um dos focos da atuação de MSF deve ser a assistência à população de migrantes e refugiados que vive em abrigos informais, com condições de higiene precárias e em espaços que impossibilitam ações de isolamento em caso de contaminação pelo novo coronavírus.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).