Marinha testa poder aeronaval em exercício de alto nível

ADEREX AERNAV/Lançamento de Armas-II/2025 envolveu mais de 1.500 militares, navios, submarinos e aeronaves em operações no litoral do RJ

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A costa fluminense foi cenário de uma demonstração impressionante de poder naval. Com mais de 1.500 militares embarcados, a Marinha do Brasil concluiu a operação ADEREX AERNAV/Lançamento de Armas-II/2025, envolvendo navios, submarinos e aeronaves em exercícios reais de combate. Em alto-mar, o NAM Atlântico voltou à ativa e a Fragata Independência realizou disparo do míssil superfície-ar Aspide — uma prova concreta da capacidade expedicionária brasileira.

Capacitação operacional e emprego de armas reais

Ao longo de uma semana intensa de operações entre Ilha Grande e Cabo Frio (RJ), a Marinha do Brasil realizou lançamentos reais de armamento e simulou cenários de combate modernos. A Fragata “Independência” protagonizou o disparo de um míssil superfície-ar “Aspide”, marcando o ápice do adestramento com armas reais. Também foram empregados canhões de 4,5 polegadas e de 40 mm, tanto em condições diurnas quanto noturnas.

A operação, coordenada pela 2ª Divisão da Esquadra, teve como foco a qualificação e requalificação de pilotos para pousos embarcados, controle aéreo de interceptação, transferência de carga leve, manobras táticas em formatura e simulações de combate contra alvos de superfície e submarinos. Esses exercícios reforçam a prontidão dos meios navais e aeronavais, consolidando a capacidade da Esquadra de atuar em cenários de múltiplas ameaças.

Integração dos meios e fortalecimento da doutrina conjunta

Navios de guerra no oceano em exercício militar.

A ADEREX AERNAV 2025 evidenciou um dos principais pilares da atual doutrina da Marinha: a integração operacional entre diferentes vetores de combate. Participaram do exercício o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, as Fragatas “União”, “Liberal” e “Independência”, o Submarino “Riachuelo” e seis aeronaves de asa rotativa, operando de forma combinada para simular ataques, defesa aérea, patrulha antissubmarino e apoio logístico.

O Submarino “Riachuelo”, da classe Scorpène, contribuiu para os exercícios de guerra submarina, enquanto as aeronaves realizaram operações embarcadas contínuas, projetando o poder da Esquadra em diversas frentes. Essa sinergia entre os meios navais, aeronavais e anfíbios consolida uma doutrina que valoriza o treinamento multidisciplinar e o desempenho coordenado — essenciais para missões reais.

O papel estratégico do NAM “Atlântico” e dos Fuzileiros Navais

A operação marcou o retorno ao mar do NAM “Atlântico”, o maior navio de guerra da Marinha, após um período de manutenção. Como plataforma de comando e controle, o Atlântico foi peça central na coordenação de operações aéreas e anfíbias. Pela primeira vez, o navio realizou operações aéreas ininterruptas por 24 horas, testando sua resistência e capacidade de projeção de poder contínuo.

Além disso, o Atlântico serviu de base para um destacamento de Fuzileiros Navais, que conduziram atividades de embarque, desembarque e movimentações táticas. Um ponto alto foi o uso inédito do pontão flutuante acoplado à Embarcação de Desembarque de Carga Geral (EDCG), ampliando significativamente a capacidade do navio de desembarcar viaturas e pessoal em apoio a operações expedicionárias.

Essas ações demonstram a capacidade da Marinha de operar de forma integrada e expedicionária, sendo capaz de apoiar o Estado tanto no exterior quanto no vasto território marítimo nacional conhecido como Amazônia Azul.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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