Marinha reforça presença estratégica com o NPaOc Araguari em missão oceânica

Equipe naval em formação com bandeira do Brasil.
Foto: SOAMAR-AL
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Navegando em águas estratégicas do Atlântico Sul, o Navio-Patrulha Oceânico Araguari (P-122) concluiu mais uma importante missão de apoio à soberania e à ciência brasileira. A embarcação da Marinha do Brasil, subordinada ao Comando do 3º Distrito Naval, atracou no Porto de Maceió entre os dias 11 e 12 de abril, após cumprir uma operação de apoio logístico à Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo.

Mais do que transportar mantimentos e equipamentos, a missão reafirma o compromisso da Marinha com a presença nacional em áreas remotas do Atlântico Sul, essenciais para a segurança, a pesquisa e os interesses estratégicos do País. Durante sua estadia na capital alagoana, o Araguari realiza atividades de reabastecimento, manutenção e descanso da tripulação, além de receber visitas institucionais.

Plataforma versátil com alta capacidade operacional

Navio patrulha P122 navegando no oceano.
Foto: Marinha do Brasil

Comissionado em 2013, o NPaOc Araguari é o terceiro navio da Classe Amazonas, baseada na classe River britânica e construída no Reino Unido pela BAE Systems Maritime. Com 90,5 metros de comprimento, o navio desloca 2.170 toneladas e pode permanecer até 35 dias em operação contínua no mar, com autonomia superior a 5.500 milhas náuticas a 12 nós.

Equipado com armamentos leves (canhões de 30 mm e 25 mm, além de metralhadoras), o Araguari pode operar um helicóptero leve e transportar até seis contêineres de 15 toneladas, o que o torna ideal para missões de patrulha, busca e salvamento, fiscalização de ilícitos e apoio logístico, como no caso da comissão atual.

Essas capacidades reforçam o papel da embarcação como vetor de presença e dissuasão em áreas marítimas de interesse nacional, especialmente nas regiões sob responsabilidade do Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste.

Ciência e soberania no coração do oceano

Navio militar no mar e pássaro em rocha
Foto: Marinha do Brasil

A operação de apoio à Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo ilustra a relevância da Marinha no apoio à pesquisa científica nacional. Localizada a mais de mil quilômetros da costa nordestina, a estação depende de missões logísticas como a do Araguari para manter suas atividades de monitoramento ambiental, biodiversidade marinha, oceanografia e climatologia.

Essa presença contínua assegura não apenas a produção de conhecimento estratégico, mas também a projeção da soberania brasileira sobre a região, fundamental para a consolidação da chamada Amazônia Azul — o conceito que traduz a imensidão e a importância do espaço marítimo sob jurisdição nacional.

Ilha no oceano com navio ao fundo.
Foto: Marinha do Brasil

O contato direto com pesquisadores e a integração entre as áreas de Defesa e ciência reforçam a imagem da Marinha como parceira do desenvolvimento nacional, ampliando sua atuação para além da proteção e segurança.

Defesa, dissuasão e integração

A missão recente do NPaOc Araguari se insere no contexto mais amplo de atuação da Marinha do Brasil no Atlântico Sul. Ao garantir o suporte logístico a bases isoladas, a instituição cumpre sua tripla missão constitucional: defender, fiscalizar e integrar. A presença contínua no mar reafirma o compromisso com a defesa dos interesses marítimos e com o apoio às comunidades científicas e costeiras.

Além da relevância operacional, a escala do navio em Maceió fortalece o vínculo institucional com a sociedade local, por meio de visitas, interações com autoridades e ações de aproximação. O Araguari, que leva o nome do município mineiro de Araguari (MG), simboliza a força de uma Marinha que, ao patrulhar o mar, também constrói pontes com a sociedade brasileira.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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