A Marinha realizou nesta sexta-feira (30) um exercício militar em Belém (PA) dentro da Operação Ágata Norte. Durante a ação, quatro carros lagartas anfíbios levaram fuzileiros navais em uma simulação para ocupação de território, com apoio aéreo de dois caças AF-1 Skyhawk. A ação ocorreu na praia do Amor, em Outeiro, na capital paraense.

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Segundo o Primeiro-tenente dos fuzileiros navais Vitor Lourenço de Souza Santos esse tipo de ação seria usada se houvesse a necessidade de se tomar uma “cabeça de praia com proteção”. Os carros lagartas anfíbios são blindados e possuem metralhadoras .50 e lança-granadas 40 milímetros. Na água eles se deslocam com hidrojato. “Garante tanto poder de fogo quanto proteção”, disse.

Esse tipo de veículo blindado é considerado o principal vetor de poder sobre terra do Corpo de Fuzileiros Navais e pode transportar até 22 militares armados e equipados. Em terra, o carro-lagarta anfíbio chega a 70 km/h e na água a 13 km/h.

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Carros lagartas anfíbios da Marinha durante exercício militar em Belém

O exercício militar partiu do Navio Doca Multipropósito Bahia, que está prestando apoio logístico e serve de base para missões aéreas à Operação Ágata. A embarcação também contribui para a fiscalização do cumprimento de leis e regulamentos e repressão aos ilícitos transfronteiriços e ambientais nos rios do Pará.

O Navio Bahia, entre outras coisas, é capaz de transportar e controlar embarcações de desembarque e carros de combate, efetuar operações de buscas e salvamento e tem um complexo hospitalar com 49 leitos, dois centros cirúrgicos, laboratórios de análises clínicas e consultório odontológico.

Operação Ágata Norte

A Operação Ágata Norte está sendo realizada nos estados do Pará e do Amapá nos meses de outubro e novembro pelas Forças Armadas, em conjunto com a Polícia Federal, Receita Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre outros órgãos federais e estaduais. A operação tem entre seus objetivos principais estão ações preventivas e repressivas contra crimes transfronteiriços e ambientais, além de atuação de assistência hospitalar.

O delegado da Polícia Federal, Alexandre Brabo, que participa da operação, explicou que, se for identificado um crime durante uma operação, a polícia já pode lavrar os procedimentos e encaminhar os responsáveis para responder perante a Justiça. Segundo Prado, os crimes mais comuns identificados durante a Operação Ágata Norte envolvem contrabando, escaminho, tráfico de drogas e crimes ambientais. Nos últimos oito dias, por exemplo, houve apreensão de 159 metros cúbicos de madeira ilegal e de 159 mil toneladas de manganês contrabandeado, com prisões nos dois casos.

“A Amazônia possui uma vastidão, uma área muito grande e nós temos o conhecimento e vários crimes. Crimes ambientais, contrabando, escaminho, por isso que é importante dessa atuação inter-agências efetivamente para tentar reprimir a criminalidade na região”, disse.

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Carros lagartas anfíbios da Marinha durante exercício militar em Belém

Por Fábio Massalli – Repórter da Agência Brasil – Belém

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).