Marinha emprega ‘ScanEagle’ e NPa ‘Babitonga’ em exercício

Militares trabalham em computadores em uma sala de controle.
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No sul do Brasil, a Marinha do Brasil demonstrou sua versatilidade e capacidade de atuação integrada durante o Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (EXOP IVR 2025). Realizado entre os dias 10 e 24 de março, o treinamento contou com a participação do Navio-Patrulha “Babitonga” e da aeronave remotamente pilotada RQ-1 “ScanEagle”, integrando ações de monitoramento, patrulhamento e apoio às operações conjuntas com Exército e Força Aérea.

Integração entre meios navais e aéreos

Soldados preparando drone em pista de aviação.

Com atuação na faixa litorânea entre o Chuí e o Farol de Mostardas, o Navio-Patrulha “Babitonga” desempenhou funções de interdição de área, defesa de porto e vigilância marítima, cumprindo com rigor a missão de proteger os interesses do Brasil em águas jurisdicionais. Já no ar, o RQ-1 “ScanEagle” voava em apoio às missões de reconhecimento, contribuindo com dados em tempo real e aumentando a eficiência das ações navais e terrestres.

O exercício foi inédito ao reunir, pela primeira vez, as aeronaves remotamente pilotadas das três Forças Armadas: o RQ-900 da FAB, o Nauru 1000C do Exército e o ScanEagle da Marinha. Essa integração demonstrou a evolução doutrinária do emprego de sistemas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), contemplando os cinco domínios do poder militar: espacial, cibernético, aéreo, terrestre e marítimo.

Segurança nacional além da esfera militar

O EXOP IVR 2025 também destacou a importância da cooperação interagências para fortalecer a defesa e segurança nacional. O NPa “Babitonga” operou em estreita articulação com órgãos civis como a Polícia Federal e a Patrulha Ambiental da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, ampliando a rede de proteção do litoral sul do país.

Essa integração representa mais do que uma parceria operacional: é um modelo de ação conjunta entre militares e civis voltado à proteção de infraestruturas críticas, combate a ilícitos transfronteiriços e fiscalização ambiental. O exercício reforça a necessidade de interoperabilidade plena entre os entes da segurança pública, sobretudo em tempos de ameaças híbridas e desafios multidimensionais.

Prontidão e doutrina conjunta em evolução

O EXOP IVR 2025 consagra um novo patamar de preparo e prontidão das Forças Armadas brasileiras. Ao colocar à prova a capacidade de operar de forma coordenada em todos os domínios, o exercício reafirma a importância de uma doutrina conjunta robusta e em constante atualização.

A participação da Marinha com o “ScanEagle” e o NPa “Babitonga” evidencia sua capacidade de operar com flexibilidade, integrar múltiplos sistemas e atuar com eficiência em cenários de dissuasão e combate. Mais do que treinamento, o exercício representa um investimento direto na segurança nacional, reafirmando o papel estratégico da Marinha do Brasil na defesa do litoral, no controle do espaço marítimo e na proteção da soberania.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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