Marinha do Brasil testa míssil MANSUP com lançador ASTROS em operação inédita

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Em um avanço histórico para a defesa nacional, a Marinha do Brasil realizou, no dia 17 de dezembro de 2024, o lançamento inédito do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) a partir de uma plataforma terrestre. A operação contou com o apoio técnico da empresa SIATT e utilizou o sistema de lançadores ASTROS, empregado pelo Corpo de Fuzileiros Navais. O teste, coordenado pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM) e com suporte do Centro de Avaliações do Exército (CAEx), ocorreu na Restinga da Marambaia, representando um marco significativo no Projeto MANSUP.

O lançamento inédito do MANSUP: tecnologia e inovação

O lançamento terrestre do MANSUP, realizado pela primeira vez, marca um importante avanço tecnológico e estratégico para o Brasil. O Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) é fruto de anos de pesquisa e desenvolvimento e representa um passo fundamental para a independência tecnológica do país no setor de defesa.

A operação utilizou o sistema de lançadores ASTROS, conhecido por sua eficácia e versatilidade no uso de foguetes de artilharia. Adaptado para disparar o MANSUP, o ASTROS demonstrou sua capacidade de integração com sistemas complexos, ampliando ainda mais sua aplicação no cenário militar brasileiro.

A SIATT, empresa brasileira responsável pela integração dos sistemas de guiagem e controle do míssil, desempenhou um papel crucial para garantir a precisão e o desempenho do armamento durante o lançamento. A operação também reforçou a capacidade de cooperação entre diferentes setores das Forças Armadas e a Base Industrial de Defesa, evidenciando a importância da sinergia entre indústria e instituições militares.

O impacto estratégico do Projeto MANSUP para a defesa nacional

O Projeto MANSUP tem como principal objetivo desenvolver um sistema de mísseis antinavio de última geração, capaz de ser empregado tanto em plataformas navais quanto terrestres. Além de equipar as futuras Fragatas da classe Tamandaré, esse míssil também desempenhará um papel fundamental na defesa da Amazônia Azul, uma área marítima de grande relevância econômica e estratégica para o Brasil.

A capacidade de realizar lançamentos a partir de plataformas terrestres amplia significativamente o leque de possibilidades operacionais do MANSUP, garantindo maior flexibilidade às Forças Armadas. Isso significa que o míssil poderá ser empregado em cenários diversos, tanto em missões de dissuasão quanto em operações efetivas de defesa do território nacional.

Além do ganho estratégico, o projeto fortalece a Base Industrial de Defesa, gerando empregos especializados e fomentando o desenvolvimento tecnológico nacional. O sucesso desse lançamento é um passo importante para consolidar o Brasil como uma referência em tecnologia militar na América Latina.

A operação na Restinga da Marambaia: um marco para a Marinha

A Restinga da Marambaia, uma área controlada pelas Forças Armadas, foi escolhida como cenário para o lançamento pioneiro do MANSUP devido às suas condições geográficas e estratégicas ideais para esse tipo de operação.

Coordenada pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM) e com o suporte técnico do Centro de Avaliações do Exército (CAEx), a operação exigiu um elevado nível de planejamento e cooperação entre diferentes setores militares. Cada etapa do lançamento foi rigorosamente monitorada, desde a preparação do sistema ASTROS até a avaliação final do desempenho do míssil.

O sucesso desse lançamento valida a capacidade técnica das equipes envolvidas e abre caminho para novos testes e aplicações operacionais do MANSUP. Além disso, reforça a importância de uma coordenação integrada entre diferentes ramos das Forças Armadas e o setor privado, representado pela SIATT.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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