Marinha do Brasil presta atendimento médico a ribeirinhos afetados por incêndios no Pantanal

Em resposta aos incêndios que assolam o Pantanal, a Marinha do Brasil mobilizou o Navio de Assistência Hospitalar “Tenente Maximiano” para prestar atendimento médico às comunidades ribeirinhas. Desde o último sábado (14), os militares têm assistido 68 ribeirinhos na região do Castelo, a cerca de 100 km de Corumbá (MS), oferecendo cuidados médicos essenciais e combatendo os focos de incêndio.

Atendimento Médico e Assistência aos Ribeirinhos

A equipe de saúde a bordo do Navio de Assistência Hospitalar “Tenente Maximiano” iniciou uma operação de atendimento médico e odontológico para os ribeirinhos afetados pela fumaça dos incêndios florestais no Pantanal. A presença de militares na região do Castelo tem sido crucial para garantir cuidados básicos de saúde em um momento de extrema necessidade. Foram realizados atendimentos que incluíram aferição de pressão arterial, distribuição de medicamentos e procedimentos odontológicos, com o objetivo de minimizar os impactos da exposição à fumaça e de outras condições adversas resultantes dos incêndios.

Os 68 ribeirinhos assistidos receberam atenção especial dos profissionais de saúde, que trabalharam incansavelmente para garantir o bem-estar dessas comunidades. “As comunidades que habitam o Pantanal enfrentam não apenas os impactos ambientais dos incêndios devastadores, mas também as consequências diretas para sua saúde e bem-estar,” destacou o Comandante do NAsH “Tenente Maximiano”, Capitão-Tenente Pedro Henrique Policarpo Toledo. Essa iniciativa demonstra o compromisso da Marinha em levar apoio e alívio à população afetada, oferecendo não só assistência médica imediata, mas também esperança e solidariedade em um momento crítico.

Operação de Combate aos Incêndios no Pantanal

Além da assistência médica, o Navio de Assistência Hospitalar “Tenente Maximiano” desempenha um papel fundamental no combate aos incêndios no Pantanal. A bordo, uma Brigada de Combate a Incêndios Florestais (BdaCIF) composta por Fuzileiros Navais do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN) foi transportada para atuar diretamente nas áreas afetadas. Esses militares, capacitados em combate a incêndios florestais por meio de treinamentos ministrados desde 2021 em parceria com o Prevfogo-Ibama, estão equipados com Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e materiais apropriados para enfrentar os focos de incêndio na região.

Os militares estão conduzindo ações de reconhecimento fluvial e aéreo, utilizando drones para monitorar e identificar novos focos de incêndio. A atuação em campo é coordenada em conjunto com o Prevfogo-Ibama e o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, numa operação integrada que busca conter e extinguir os incêndios o mais rapidamente possível. Além disso, a Lancha Balizadora de Águas Interiores “Piracema” apoia a operação transportando brigadistas do Prevfogo-Ibama e fornecendo alojamento e alimentação para as equipes.

Comando Operacional Conjunto Pantanal II e Colaboração Interinstitucional

A ação da Marinha do Brasil no Pantanal faz parte de uma operação mais ampla sob a coordenação do Comando Operacional Conjunto Pantanal II, ativado em 27 de junho de 2024. Essa iniciativa, estabelecida pela portaria assinada pelo Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, tem como objetivo reunir esforços das Forças Armadas para combater os incêndios na região por um período de quatro meses. O General de Exército Baganha está à frente das atividades do Comando Conjunto, que opera nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A Marinha, como Força Naval Componente, está empregando militares, meios navais e aeronavais em diversas ações, incluindo reconhecimento terrestre, fluvial e aéreo, transporte de brigadistas, além de prestar alojamento e alimentação. Essa colaboração interinstitucional é essencial para maximizar a eficácia das operações de combate aos incêndios e na assistência à população. O trabalho conjunto entre Marinha, Ibama, Corpo de Bombeiros e outras instituições reforça a importância da união de esforços em situações de emergência, proporcionando uma resposta coordenada e abrangente às crises ambientais.