Em uma demonstração de cooperação internacional, a Marinha do Brasil participou de exercícios navais com a Marinha da Namíbia, entre 21 e 23 de outubro, na costa africana. A Fragata “Defensora” e o NS “Elephant” realizaram manobras táticas e simulações de operações, reforçando a segurança marítima no Atlântico Sul e fortalecendo os laços entre as duas nações.
Detalhes dos Exercícios Navais entre Brasil e Namíbia
Os exercícios foram realizados nas águas jurisdicionais da Namíbia, após a participação da Fragata “Defensora” no IBSAMAR VIII, um exercício internacional que envolveu também as Marinhas da África do Sul e da Índia. A operação começou com o encontro das embarcações no trecho final da travessia da “Defensora” entre Simon’s Town, na África do Sul, e Walvis Bay, na Namíbia.
Durante os exercícios, as embarcações executaram manobras táticas conhecidas como Leap Frog, onde os navios se alinham e navegam paralelamente para permitir a transferência de insumos e pessoal. Além disso, foi realizada uma simulação de abordagem a um navio suspeito, em que o Grupo de Visita e Inspeção (GVI) do NS “Elephant” praticou abordagens na “Defensora”, que simulava ser um navio de interesse. Essa atividade permitiu a troca de experiências e aprimoramento das técnicas de inspeção entre as duas marinhas.
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Tripulantes namibianos também participaram de treinamentos a bordo da “Defensora”, focando em operações aéreas com o helicóptero AH-11B “Super Lynx”. A possibilidade de operar aeronaves em navios foi destacada como um diferencial importante para a Marinha da Namíbia, que possui essa capacidade no NS “Elephant”.
Interoperabilidade e Cooperação Internacional no Atlântico Sul
A realização dos exercícios é um exemplo claro do compromisso do Brasil e da Namíbia em promover a interoperabilidade e a segurança marítima no Atlântico Sul. A Fragata “Defensora” e o NS “Elephant” não apenas praticaram manobras táticas, mas também fortaleceram suas capacidades de comunicação e coordenação em cenários que simulam situações reais de vigilância e segurança no mar.
A operação reflete a importância da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS), uma iniciativa que busca promover a segurança e a estabilidade na região, evitando a presença de armas nucleares e encorajando a cooperação pacífica entre os países costeiros. Para o Comandante da Fragata “Defensora”, Capitão de Fragata Gustavo Almeida Matos de Carvalho, a parceria é estratégica: “A realização de exercícios operativos com a Marinha da Namíbia é sempre oportuna, uma vez que nos permite aprimorar nossa interoperabilidade e reforçar nossas capacidades de trabalharmos em conjunto para promover a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, tornando nossas águas mais seguras e prósperas.”
Fortalecimento de Relações e Capacitação Mútua
Um dos aspectos mais importantes dos exercícios foi o intercâmbio de conhecimento e habilidades entre as tripulações. Durante a operação, militares brasileiros e namibianos tiveram a oportunidade de aprender sobre os procedimentos e tecnologias empregadas por cada força, o que contribui para a capacitação mútua e o aperfeiçoamento das operações de ambas as marinhas.
A presença da Fragata “Defensora” e do helicóptero AH-11B “Super Lynx” possibilitou que os militares da Namíbia observassem de perto as operações aéreas e práticas de pouso e decolagem, ampliando seu entendimento sobre o uso seguro e eficaz de aeronaves a bordo de navios. Esse tipo de exercício é crucial para melhorar a resposta a ameaças marítimas, como pirataria, tráfico de drogas e pesca ilegal, além de potencializar ações conjuntas de segurança e resgate.
A região do Atlântico Sul é de crescente importância estratégica devido ao trânsito de rotas comerciais e à riqueza de recursos naturais. Assim, as perspectivas para futuras operações conjuntas entre Brasil e Namíbia são promissoras, com foco na ampliação da cooperação para manter a segurança e a prosperidade nas águas internacionais.
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