Marinha do Brasil forma novos Fuzileiros Navais em São Tomé e Príncipe

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A Marinha do Brasil (MB) concluiu, nesta quarta-feira (19), mais um ciclo de cooperação internacional com a formação de 13 novos Fuzileiros Navais de São Tomé e Príncipe. O curso, conduzido com o apoio da Missão de Assessoria Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe (MANBrSTP), teve duração de 17 semanas e incluiu treinamentos intensivos em operações anfíbias, combate e abordagem de embarcações. A iniciativa reforça a parceria entre os dois países e contribui para a segurança marítima no Golfo da Guiné, região estratégica para o Brasil.

A parceria entre Brasil e São Tomé e Príncipe na área militar

A relação entre Brasil e São Tomé e Príncipe no setor de defesa se fortalece por meio de iniciativas como a Missão de Assessoria Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe (MANBrSTP), que há anos contribui para o desenvolvimento das capacidades operacionais da Guarda Costeira são-tomense. A cooperação militar entre os dois países faz parte da estratégia brasileira de aproximação com as nações do Golfo da Guiné, reforçando laços históricos, diplomáticos e estratégicos.

O suporte brasileiro à formação de militares africanos visa capacitar as forças locais para garantir a soberania nacional e a segurança marítima da região. A Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, que desempenha papel essencial na vigilância costeira e no combate a crimes transnacionais, tem sido beneficiada pela transferência de conhecimento e tecnologia militar promovida pela Marinha do Brasil.

Segundo o Capitão de Fragata Daniel Junior Silva da Costa, Chefe da Missão de Assessoria Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe, a colaboração entre os dois países se consolidou como um pilar fundamental para o desenvolvimento das forças de defesa locais, promovendo intercâmbio de experiências e cooperação técnica.

A formação dos novos Fuzileiros Navais

O 8º Curso de Formação de Soldado Fuzileiro Naval (CFSDFN) foi conduzido pela Missão de Assessoria Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe, por meio do Grupo de Assessoramento Técnico de Fuzileiros Navais do Brasil (GAT-FN-STP). O treinamento teve 112 dias de instrução intensiva, preparando os militares para atuarem em diferentes cenários operacionais.

Durante o curso, os futuros combatentes foram capacitados em:

  • Operações Anfíbias, aprimorando técnicas de desembarque e incursão em áreas costeiras;
  • Ações Básicas de Abordagem, essenciais para o patrulhamento naval e combate a ilícitos marítimos;
  • Armamento e Tiro, desenvolvendo habilidades no uso de armamento individual e coletivo;
  • Instrução Básica de Combate, garantindo preparo físico e tático para operações militares.

A formação desses 13 novos Fuzileiros Navais representa um avanço na prontidão operacional da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, garantindo maior segurança marítima e contribuindo para a defesa da soberania do país.

A relevância estratégica do Golfo da Guiné e o papel do Brasil

A presença do Brasil no treinamento de forças militares africanas se insere no contexto da segurança marítima do Golfo da Guiné, uma das regiões mais estratégicas do mundo devido à sua riqueza em recursos naturais e intensa atividade comercial. No entanto, o Golfo da Guiné enfrenta desafios como pirataria, pesca ilegal e tráfico de drogas, ameaças que impactam a estabilidade da região.

Diante desse cenário, o Brasil tem desempenhado um papel ativo na cooperação internacional para a proteção das rotas marítimas e fortalecimento das capacidades de defesa dos países africanos. A participação brasileira em missões como a MANBrSTP demonstra o compromisso do país com a segurança do Atlântico Sul, reforçando a importância da cooperação entre nações amigas.

A formação dos novos Fuzileiros Navais de São Tomé e Príncipe não apenas fortalece a segurança local, mas também consolida a presença brasileira no cenário internacional, promovendo paz, estabilidade e intercâmbio de conhecimento na área de defesa.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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