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Durante uma ação de Patrulha Naval no Rio Amazonas, no último sábado (22 de fevereiro), a Marinha do Brasil interceptou um comboio de quatro balsas e dois empurradores que transportavam irregularmente 4 mil metros cúbicos de madeira em toras. A abordagem foi realizada pelo Navio-Patrulha (NPa) “Pampeiro”, nas proximidades do município de Almeirim (PA). Além da falta de documentação adequada, uma das embarcações já havia sido retirada de tráfego por infrações anteriores. A operação contou com a participação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) de Gurupá, que analisará a legalidade da carga.
Ação de fiscalização e irregularidades identificadas

O Navio-Patrulha “Pampeiro”, da Marinha do Brasil, realizava uma operação de Patrulha Naval quando detectou irregularidades no comboio de balsas. A abordagem ocorreu no Rio Amazonas, na altura do município de Almeirim (PA), quando a embarcação foi interceptada e inspecionada.
Entre as infrações constatadas estavam:
- Falta de documentação exigida pelo Regulamento de Segurança do Tráfego Aquaviário (RLESTA);
- Excesso de carga, colocando em risco a navegação e a segurança dos tripulantes;
- Tripulação sem a habilitação adequada para conduzir as embarcações;
- O empurrador “ANJO RUAN” já havia sido retirado de tráfego por infrações anteriores, sem que as pendências tivessem sido regularizadas.
Diante dessas irregularidades, a Marinha do Brasil acionou os órgãos ambientais competentes e conduziu as embarcações até Gurupá (PA), onde seriam submetidas a uma inspeção detalhada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS).
A cooperação interagências e os próximos passos
A ação de fiscalização destacou a importância da cooperação entre a Marinha e as autoridades ambientais no combate a crimes ambientais e no reforço da segurança da navegação nos rios da Amazônia.
A SEMAS de Gurupá foi acionada para verificar a legalidade da carga de madeira transportada. Caso seja constatada a extração irregular ou a ausência de documentação ambiental, os responsáveis poderão responder por crime ambiental e outras infrações previstas na legislação brasileira.
Além da fiscalização, a Marinha do Brasil prestou apoio médico a um dos tripulantes, que solicitou socorro via rádio. O atendimento foi realizado por um médico e um enfermeiro embarcados no NPa “Pampeiro”, garantindo assistência imediata antes do desembarque do paciente.
A operação reforça o compromisso da Marinha do Brasil em apoiar as ações do Estado, garantindo a proteção dos recursos naturais e a segurança do tráfego aquaviário na Amazônia.
O Navio-Patrulha “Pampeiro” e sua importância na Amazônia
Construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e incorporado ao setor operativo em 1971, o Navio-Patrulha “Pampeiro” é o único da classe “Piratini” em operação na região amazônica. Com 28,95 metros de comprimento, boca (largura) de 6,10 metros e calado (distância entre a quilha e a linha d’água) de 1,9 metro, suas características permitem navegar em áreas de difícil acesso e atuar de forma eficaz nos rios da Bacia Amazônica.
Equipado com uma metralhadora de 20mm e duas metralhadoras 12.7mm, o “Pampeiro” desempenha um papel crucial na presença da Força Naval nos rios da Amazônia, atuando em:
- Fiscalizações ambientais e repressão a crimes na região;
- Ações de Patrulha Naval para segurança do tráfego aquaviário;
- Assistência a comunidades ribeirinhas isoladas;
- Combate a ilícitos transfronteiriços, como tráfico de drogas e pesca ilegal.
A apreensão do comboio transportando madeira irregular reforça a importância das operações do Comando do 4º Distrito Naval, que busca coibir atividades ilegais e garantir a proteção da Amazônia Azul Interior, os rios e lagos navegáveis sob jurisdição brasileira.
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