Marinha apreende 15 toneladas de pescado irregular no Pará

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Uma ação conjunta da Marinha do Brasil e do Ibama reforçou a importância da fiscalização contra a pesca irregular no país. Durante patrulhamento na Baía do Marajó, o Navio-Patrulha “Bocaina” interceptou o barco “Camex I”, que transportava 15 toneladas de pescado sem documentação legal. A operação, realizada na última quarta-feira (5), destaca os esforços das Forças Armadas para garantir o cumprimento das leis ambientais e a sustentabilidade dos recursos marinhos.

Detalhes da operação de fiscalização no litoral paraense

A abordagem ocorreu a cerca de 83 milhas náuticas (154 quilômetros) de Belém, no litoral paraense, durante uma operação de patrulha realizada pelo Navio-Patrulha (NPa) “Bocaina”. A embarcação pesqueira “Camex I” foi identificada transportando 15 toneladas de pescado sem o certificado de inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira, documento obrigatório expedido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura.

Além da falta de registro, outras irregularidades foram constatadas. Nenhum tripulante habilitado estava a bordo no momento da abordagem, e quatro dos sete homens da tripulação não possuíam documentos pessoais. Diante da situação, o barco foi escoltado até Belém, onde agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) verificaram a carga e aplicaram as penalidades cabíveis.

De acordo com o Decreto nº 6.514/2008, a pesca sem cadastro, licença ou autorização do órgão competente pode gerar multas que variam entre R$ 300 e R$ 10.000, com acréscimo de R$ 20 por quilo de pescado apreendido. O barco permanecerá sob custódia da Marinha até a regularização do caso, enquanto o pescado ficará sob responsabilidade do Ibama.

A importância do combate à pesca ilegal na Amazônia Azul

A pesca irregular é um problema ambiental e econômico que ameaça a sustentabilidade dos recursos marinhos e prejudica pescadores que atuam de forma legalizada. No Brasil, a fiscalização marítima desempenha um papel essencial para garantir a preservação dos estoques pesqueiros e evitar práticas predatórias que comprometem o equilíbrio ecológico dos oceanos.

A Amazônia Azul – território marítimo brasileiro – abriga uma rica biodiversidade e representa uma importante fonte de recursos naturais para o país. No entanto, a falta de controle sobre a pesca irregular pode levar à redução das populações de espécies marinhas, afetando diretamente a economia local e a segurança alimentar das comunidades costeiras.

O trabalho da Marinha do Brasil e de órgãos ambientais como o Ibama é fundamental para coibir práticas ilegais e proteger os ecossistemas marítimos. A fiscalização constante também contribui para que o país cumpra compromissos internacionais de conservação ambiental e assegure o uso sustentável de seus recursos naturais.

Navio-Patrulha “Bocaina” e sua atuação na proteção das águas brasileiras

O Navio-Patrulha “Bocaina” tem um papel estratégico na proteção da costa brasileira. Incorporado à Marinha em 10 de julho de 1998, ele é subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval e integra o Grupamento de Patrulha Naval do Norte. Suas operações incluem a segurança do tráfego marítimo, inspeções navais e combate a ilícitos, como pesca ilegal e tráfico de drogas.

Com 47,6 metros de comprimento, boca (largura) de 10,5 metros e calado (distância entre a quilha e a linha d’água) de 3,1 metros, o NPa “Bocaina” é equipado com um canhão de 40 mm e duas metralhadoras. Sua capacidade de patrulhamento permite cobrir vastas áreas da costa brasileira, incluindo os estados do Amapá, Maranhão, Pará e Piauí.

Nos últimos anos, a embarcação tem participado ativamente de missões de fiscalização e repressão a crimes ambientais na Amazônia Azul. Operações como a apreensão do barco “Camex I” reforçam o compromisso da Marinha com a defesa dos recursos naturais e a segurança da navegação no território marítimo brasileiro.

O combate à pesca irregular exige vigilância contínua e ações coordenadas entre as Forças Armadas e os órgãos ambientais. Com operações rigorosas e presença ativa nas águas nacionais, a Marinha do Brasil segue garantindo a preservação dos mares e a proteção dos interesses nacionais no ambiente marítimo.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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