Marinha amplia atendimento multidisciplinar a crianças com necessidades especiais

Equipe médica em uniformes sorrindo
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Dentro das instalações da Policlínica Naval Nossa Senhora da Glória, no Rio de Janeiro, um trabalho silencioso e transformador vem mudando a vida de famílias da Família Naval. O GAAPE, programa da Marinha do Brasil, tem ampliado sua atuação com foco no atendimento de crianças com necessidades especiais, oferecendo cuidado especializado, precoce e humanizado, com base em evidências científicas.

A estrutura e o funcionamento do GAAPE na rede de saúde da Marinha

Criado no início dos anos 2000, o Grupo de Avaliação e Acompanhamento do Programa de Atendimento Especial (GAAPE) funciona como referência nacional dentro da rede de saúde da Marinha do Brasil. Localizado na Policlínica Naval Nossa Senhora da Glória (PNNSG), no Rio de Janeiro, e com atuação em todos os Distritos Navais, o grupo atende crianças de até 3 anos com riscos no desenvolvimento neuropsicomotor, realizando avaliações, acompanhamentos terapêuticos e reavaliações.

A equipe do GAAPE é composta por pediatras, psiquiatras infantis, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, todos com formação especializada em Transtornos do Neurodesenvolvimento, ABA, Integração Sensorial, Neuropsicologia, entre outras áreas. Com uma média de 1.600 atendimentos mensais, o GAAPE se tornou um pilar essencial no cuidado precoce de crianças com TEA, Síndrome de Down e outras condições.

Impactos do atendimento na vida das famílias da Família Naval

Terapia infantil com criança e duas terapeutas.

Os resultados do trabalho realizado pelo GAAPE são tangíveis e emocionantes. Um exemplo é o caso de Noah, de 1 ano, diagnosticado com Trissomia 21 (Síndrome de Down). Segundo sua mãe, Roberta Viary, o acolhimento e o carinho da equipe foram decisivos para o avanço no desenvolvimento do filho. “O carinho das profissionais faz toda a diferença. É gratidão que define”, relatou.

Outro caso marcante é o de Murilo, atendido após diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sua mãe, Diana Silva, afirma que as terapias ofertadas permitiram avanços significativos na fala, socialização e desempenho escolar. “Hoje ele cursa inglês e acompanha bem sua turma. O GAAPE fez parte de cada conquista”, destacou. Histórias como essas reforçam o impacto profundo do programa na qualidade de vida das famílias militares.

Inclusão e saúde infantil como missão estratégica da Marinha

Para além do atendimento clínico, o GAAPE expressa a visão estratégica da Marinha do Brasil em oferecer suporte integral às famílias que compõem sua base humana. Ao investir em saúde preventiva, inclusão social e apoio especializado desde a primeira infância, a instituição fortalece o elo entre os militares e suas famílias, promovendo bem-estar, confiança e pertencimento.

A Capitão de Fragata Rachel Caldas, fonoaudióloga e encarregada do GAAPE, afirma que o programa é mais do que um centro terapêutico: é um espaço de esperança. “Nosso compromisso é oferecer não somente tratamento, mas acolhimento e transformação. Cada pequeno avanço de uma criança é uma grande vitória para todos nós”, conclui. Em tempos de aumento nos diagnósticos de TEA e outras condições, o GAAPE se destaca como exemplo de política pública dentro da estrutura militar brasileira.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).