Comandante da Marinha do Brasil destacou a trajetória e os principais desafios do CFN - Imagem: Suboficial-ES Paravidino
Por Por Primeiro-Tenente (RM2-T) Vanessa Mendonça

Rio de Janeiro – RJ – Discutir soluções modernas, criativas e eficientes para os problemas e as questões comuns no hemisfério ocidental. Essa é a tônica da Conferência de Líderes dos Corpos de Fuzileiros Navais das Américas (MLAC 2022), que nesta edição conta com a presença de representantes de 21 países, além do país-sede, Brasil. O evento é uma troca de experiências entre os Comandos dos Corpos de Fuzileiros Navais, fortalecendo assim os laços de amizade e construindo um ambiente harmonioso e de cooperação.

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Ao todo, participam representantes de Argentina, Bolívia, Camarões, Chile, Colômbia, Equador, EUA, França, Guatemala, Holanda, Inglaterra, México, Namíbia, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal, República da Coreia, República Dominicana, São Tomé e Príncipe e Uruguai.

Durante a MLAC 2022, os líderes envolvidos participam de encontros bilaterais e visitam Organizações Militares do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. O evento acontece no ano de celebração do Bicentenário da Independência do Brasil e dos 200 anos da Esquadra. “Nessa longa e vitoriosa trajetória repleta de desafios que o ambiente operacional marítimo e fluvial nos impõe é importante refletir também sobre o momento atual da Marinha do Brasil, particularmente do Corpo de Fuzileiros Navais. E esta conferência é uma excelente oportunidade ao contribuir no processo evolutivo das Forças participantes por meio de intercâmbio de conhecimentos e experiências, visando a segurança e a defesa de nossos povos”, disse o Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

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Comandante da Marinha do Brasil destacou a trajetória e os principais desafios do CFN – Imagem: Suboficial-ES Paravidino

O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, destacou que o evento demonstra o bom relacionamento entre os Corpos de Fuzileiros Navais e ressaltou a atuação histórica dos Fuzileiros Navais brasileiros. “O Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil tem muita história. Veio junto com a Brigada Real e com a iniciante Marinha, que esteve presente nos principais fatos que nos tornaram um País unificado. Hoje, temos uma destacada participação em missões de paz, temos o aval das Organizações das Nações Unidas e somos quase sempre os primeiros a chegar nos locais do território brasileiro, quando acionados, como por exemplo em Petrópolis”, afirmou.

“Os conflitos modernos ratificam a importância estratégica das Forças de Fuzileiros Navais. Observamos que mais de 70% da superfície terrestre é coberta por água e aproximadamente 80% da população mundial se concentra em aglomerados urbanos, em estreitas faixas litorâneas. A contínua evolução das ameaças, que, por exemplo, reedita a antiga prática da pirataria, mais uma vez afronta o Direito Internacional, colocando em risco o nosso comércio marítimo. Por isso, esse tipo de conferência é tão importante. Precisamos estar juntos, compartilhando as responsabilidades e as experiências impostas às tropas de Fuzileiros Navais de nossos países”, pontua o Comandante- Geral do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra (FN) Jorge Armando Nery Soares.

Para o  Comandante da Reserva do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e Comandante das Forças do Corpo de Fuzileiros Navais do Sul, Vice-Almirante David G. Bellon, a conferência propicia um diálogo aberto e honesto, onde todos concordam com a gravidade das ameaças compartilhadas no hemisfério e procuram maneiras de atuar em conjunto. “Aqui esperamos estreitar as relações, pois entendemos que as relações entre os líderes são de extrema importância. Teremos a oportunidade de aprender uns com os outros, e entender cada uma de nossas particularidades e problemas, para que possamos trabalhar melhor juntos no futuro”, disse.

O primeiro encontro, então denominado Conferência dos Líderes dos Corpos de Fuzileiros Navais das Américas, reuniu os Comandantes das Marinhas e Infantarias Navais de 16 países em Guayaquil, no Equador, entre os dias 16 e 19 de julho de 2001. Além do Equador (2001), a MLAC foi realizada na Colômbia (2004), Chile (2006), Brasil (2009), Peru (2011), Colômbia (2014) e no México (2018).

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).