Amazônia Azul, a última fronteira do Brasil

De acordo com as condicionantes estabelecidas pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC) foi instituído pelo Decreto nº 98.145/1989, tendo como propósito determinar o limite exterior da Plataforma Continental Brasileira, além das 200 milhas marítimas. O Brasil depositou sua primeira proposta de extensão da Plataforma Continental junto à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2004. Após a análise, as recomendações da CLPC foram favoráveis à quase totalidade da área reivindicada, uma região equivalente à soma das áreas dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Em relação a três limitadas áreas, a CLPC se posicionou desfavoravelmente, tendo o País optado por reapresentar seu pleito, utilizando tecnologias e equipamentos mais modernos. Para a nova proposta, a margem continental foi dividida em três regiões: Região Sul, Margem Equatorial e Margem Oriental/Meridional. O primeiro requerimento parcial revisto, afeto à Região Sul, em 2019, obteve total concordância em relação à área pleiteada pelo País, de cerca de 170.000 km2. O requerimento parcial revisto, relativo à Margem Equatorial, foi depositado em 2017, encontrando-se sob análise da CLPC, e o referente à Margem Oriental/Meridional, em 2018, que ainda será incluído em pauta para análise. A área afeta à Margem Equatorial é de 383.218 km2, enquanto que a referente à Margem Oriental/Meridional compreende 1.542.274 km2, o que totaliza uma Amazônia Azul de 5.669.852,41 km2 sob jurisdição nacional.

Os requerimentos anteriores e os resultados obtidos são positivos em relação às análises em andamento, na CLPC, cujas recomendações favoráveis possibilitarão a consolidação da área marítima sob jurisdição brasileira, da Amazônia Azul, de quase 5,7 milhões de km2, importante legado para o futuro das próximas gerações de brasileiros.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).