A partir de 31 de agosto de 2021, o Brasil passou a fazer parte do seleto grupo de 21 países que possuem laboratórios designados pela Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ) para receber amostras ambientais autênticas oriundas de situações de conflito, de inspeções de rotina ou de outros eventos envolvendo armas químicas. Essa conquista foi alcançada pelo Laboratório de Análises Químicas (LAQ) do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (IDQBRN) do Centro Tecnológico do Exército (CTEx).

O LAQ é o primeiro e único laboratório da América Latina a possuir tal certificação. Atualmente, no Hemisfério Sul, apenas Brasil e Austrália fazem parte da lista de países com laboratórios designados pela OPAQ. Segundo o Diretor do IDQBRN, Coronel Marcos Carvalho Barcellos, a certificação insere o Exército Brasileiro no cenário internacional de defesa química. “A partir de agora, o Laboratório de Análises Químicas integra uma rede mundial de laboratórios certificados e tem capacidade para receber qualquer material real de qualquer evento com agentes químicos de guerra do mundo inteiro”.

Ainda segundo o Coronel Barcellos, a certificação do laboratório é a culminância de um trabalho que se iniciou em 2008, e que passou por processos de certificação nacional junto ao Inmetro – pré-requisito para a acreditação internacional – e por três conceitos internacionais de excelência em 2019, 2020 e, finalmente, 2021. “Todo o sistema DQBRN apoiou pra que isso acontecesse. Trata-se de uma vitória para a Ciência e Tecnologia do Exército e para o sistema de defesa”, destacou.

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Processo
Para tornar-se um laboratório designado, é necessário possuir um sistema de qualidade estabelecido conforme os requisitos da norma ISO 17025:2017, acreditado para a análise de agentes químicos de guerra, participar anualmente de testes oficiais de proficiência e obter consecutivos resultados de excelência.

Organização para Proibição de Armas Químicas
A OPAQ é um organismo multilateral formado por 193 estados-partes signatários da Convenção para Proibição de Armas Químicas e possui sede na cidade de Haia, nos Países Baixos. Em 2013, a organização foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz devido a seus extensivos esforços para eliminação das armas químicas.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).