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Em um retorno simbólico às suas origens, a Junta Interamericana de Defesa (JID) realizou, pela primeira vez fora de Washington-DC, uma Reunião Extraordinária do Conselho de Delegados na cidade do Rio de Janeiro, marco do nascimento da organização em 1942. No evento, o Contra-Almirante João Batista, Chefe da Representação do Brasil na JID e Assessor Militar da Missão Permanente do Brasil na OEA, proferiu um pronunciamento histórico, destacando os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e os 83 anos da fundação da JID.
A solenidade foi realizada paralelamente à LAAD Defence & Security 2025, maior evento de defesa e segurança da América Latina, e reuniu autoridades civis e militares de diversas nações do hemisfério, além de representantes da indústria de defesa. O encontro representou um marco na trajetória da organização, reforçando seu papel como elo de cooperação militar entre os países das Américas.
JID: organismo estratégico e moderno para os desafios do século XXI
Fundada em 1942, em resposta ao cenário de instabilidade internacional, a Junta Interamericana de Defesa consolidou-se como o mais antigo organismo de defesa multilateral em atividade. A reunião extraordinária no Brasil reafirmou sua relevância diante dos desafios contemporâneos, como ameaças cibernéticas, crime organizado transnacional e catástrofes naturais.
Durante a sessão, o Contra-Almirante João Batista apresentou uma proposta brasileira de nova Medida de Fortalecimento da Confiança e da Segurança (MFCS), voltada à área de defesa, destacando o papel da JID como plataforma institucional de diálogo, planejamento e ação estratégica conjunta entre as Forças Armadas das Américas.
Memória histórica, cooperação e fortalecimento de laços
O encontro no Rio também foi uma oportunidade para relembrar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Em seu discurso, o Contra-Almirante destacou a coragem dos povos americanos na luta pela liberdade, a importância do espírito de união e o papel histórico da JID como símbolo da paz construída a partir do diálogo interamericano.
Delegações de diversos países marcaram presença, incluindo Antigua e Barbuda, Canadá, El Salvador, México, Panamá e Peru, demonstrando o engajamento hemisférico com os princípios fundadores da JID. A integração com a LAAD também fortaleceu os vínculos com a Base Industrial de Defesa, por meio de visitas institucionais à EMBRAER e ao Complexo Naval de Itaguaí, onde foram apresentados os avanços do programa PROSUB.
O retorno ao berço da JID e a afirmação do protagonismo brasileiro
Realizar a reunião no mesmo local onde a JID foi concebida em 1942 foi mais do que um gesto simbólico: foi a reafirmação do papel do Brasil como pilar da segurança hemisférica. O Rio de Janeiro, que acolheu a 3ª Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores naquele ano, volta a ser cenário de protagonismo, reafirmando o compromisso do país com a cooperação continental.
A organização do evento contou com o empenho do Ministério da Defesa, da Marinha do Brasil e da própria Representação do Brasil na JID, evidenciando a capacidade do país em liderar ações estratégicas no campo da diplomacia de defesa. Como ressaltou o Contra-Almirante João Batista, o reencontro com o passado é também impulso para o futuro: “Juntos, somos e permanecemos mais fortes”.
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