Inspetor da PRF e Delegado do CORE-RS relatam ações na tragédia gaúcha no COP 2024

PRF
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Em meio à devastação causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, as ações rápidas e coordenadas das forças de segurança emergiram como faróis de esperança. No próximo Congresso de Operações Policiais – COP Internacional, o Inspetor Marcus Vinícius Silva de Almeida, da PRF, e o Delegado Bolivar Llantada, do CORE-RS, compartilharão suas vivências em uma missão que salvou milhares de vidas e mostrou a força da integração entre as entidades de segurança.

Atuação durante a crise

Mobilização inicial das equipes do CORE-RS e PRF

Assim que os primeiros alagamentos surgiram, a equipe do CORE-RS se deslocou inicialmente para a região de Santa Cruz do Sul e, logo após, para a Grande Porto Alegre. Através da Divisão de Operações Aéreas (DOA) e do Grupo de Resgate e Intervenção (GRI), realizaram cerca de 700 salvamentos com helicópteros e barcos. A PRF, por sua vez, atuou sinalizando rodovias destruídas e participando de salvamentos fluviais, destacando-se em áreas críticas como Lajeado, Bento Gonçalves, Porto Alegre e Canoas. As primeiras respostas rápidas foram cruciais para minimizar os impactos imediatos da tragédia e salvar o maior número de vidas possível.

Operações de salvamento e resgate

Delegado Bolivar Llantada, CORE/RS

De acordo com o Delegado Bolivar, em apenas 15 dias, os esforços combinados de várias forças resultaram em 3 a 4 mil vidas resgatadas, incluindo pessoas e animais.

Marcus Vinícius Silva de Almeida, Diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF)

A PRF, utilizando seu grupo de resposta rápida e operações especiais, contribuiu significativamente com mais de 2 mil escoltas de donativos e medicamentos, essenciais para a recuperação das áreas afetadas. O trabalho exaustivo das equipes, enfrentando condições adversas, foi um exemplo de dedicação e profissionalismo.

Participação de outras forças de segurança e entidades civis

O trabalho integrado entre a PRF, Bombeiros, Brigada Militar, entidades civis e o segmento privado foi crucial. O Inspetor Marcus enfatizou que a colaboração com a Defesa Civil, Polícia Militar e Polícia Federal exemplificou a importância da integração para uma segurança pública eficiente. A criação de um Gabinete de Gestão Integrada permitiu uma coordenação eficaz das ações de todas as unidades envolvidas, garantindo que os recursos e esforços fossem direcionados de forma otimizada.

Desafios e estratégias de integração

Criação do Gabinete de Gestão Integrada

Para coordenar as ações, foi criado um Gabinete de Gestão Integrada que centralizou as informações e diretrizes de atuação. Esse gabinete garantiu uma comunicação fluida entre todas as forças de segurança, possibilitando respostas rápidas e eficientes às emergências. O Del. Bolívar destacou que essa integração foi fundamental para o sucesso das operações, permitindo que diferentes unidades trabalhassem em sinergia.

Colaboração entre PRF, CORE-RS e outras unidades táticas

Equipes de apoio de diversos estados, incluindo CORE-SC, COPE e TIGRE-PR, GER-SP, CORE-MG, FERA-AM, DOE-DF e CORE-RJ, foram mobilizadas para auxiliar nas operações. Essa colaboração interestadual foi essencial para suprir as necessidades emergenciais e garantir uma cobertura abrangente das áreas afetadas. A troca de experiências e a padronização de procedimentos entre as unidades fortaleceram a resposta coletiva.

Coordenação das ações de resgate e proteção patrimonial

Passado o primeiro momento de salvamentos, iniciaram-se patrulhas fluviais, veiculares e terrestres para proteger as pessoas e o patrimônio nas áreas ainda alagadas. A PRF e o CORE-RS mantiveram a vigilância constante, acompanhando emergências em regiões como Pelotas e Rio Grande. As operações incluíram desde o cumprimento de mandados de busca até patrulhas de alto risco, garantindo a segurança contínua da população.

Impactos e próximos passos:

Recuperação de rodovias e infraestrutura

A PRF está focada na recuperação das rodovias em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), além da continuidade do trabalho de sinalização e fiscalização. A restauração das vias é crucial para o transporte seguro de donativos e o retorno à normalidade nas regiões afetadas. A cooperação com o DNIT visa acelerar os processos de reconstrução, minimizando os impactos econômicos e sociais.

Busca de desaparecidos e apoio à Polícia Judiciária

O CORE-RS ampliou as buscas a desaparecidos e apoia a Polícia Judiciária no reconhecimento de corpos e identificação de DNA. As investigações da Polícia Civil nas manchas criminais continuam, com foco em garantir a justiça para as vítimas e a segurança nas comunidades afetadas. O Delegado Bolivar ressaltou a importância de um trabalho meticuloso e sensível nessas operações, respeitando o sofrimento das famílias envolvidas.

Planos futuros e previsões para os próximos meses

Com a redução dos níveis das águas, novos desafios surgem. A PRF prevê um aumento nas apreensões de drogas e roubos em veículos de donativos, além de possíveis interdições de rodovias. Para os próximos seis meses, a estimativa é de trabalhos contínuos em consequência dos eventos atuais. As forças de segurança permanecem vigilantes e preparadas para atuar onde for necessário, adaptando suas estratégias às novas realidades.

Sobre o COP Internacional

O COP Internacional é o maior evento latino-americano voltado para a atividade policial, integrando sociedade civil, forças de segurança, defesa e justiça do Brasil. João Sansone, idealizador do COP 2024, ressalta a oportunidade única de expor a profundidade da contribuição dos profissionais atuantes no Rio Grande do Sul. O evento, gratuito e aberto ao público a partir dos 18 anos, promete mostrar a importância do esforço combinado das unidades de segurança pública no apoio à população desde o início da calamidade até seus eventos subsequentes.

Serviço

  • Evento: Congresso de Operações Policiais – COP Internacional 2024
  • Data: 16 a 18 de outubro de 2024
  • Inscrições: https://cop.pro.br/
  • Local: São Paulo Expo – Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km – Vila Água Funda, São Paulo-SP

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Apoio

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).